Santa Valburga: sinal de amor a Cristo e de dedicação no serviço a Deus

No dia 25 de fevereiro, a Igreja recorda Santa Valburga, santa inglesa que se dedicou a Deus no mosteiro e, juntamente com São Bonifácio, foi uma grande evangelizadora da Alemanha.

Valburga nasceu em Devonshire, na Inglaterra, em 710. Era filha de nobres, seu pai Ricardo de Kent, era um homem santo, assim como os seus irmãos que se tornaram monges, Vilibaldo e Vunibaldo. Portanto, apesar de a família ser muito respeitada nos tronos reais, preferiam se dedicar à busca da santidade e às coisas de Deus.

Quando Valburga tinha dez anos, o pai entregou o trono a um sobrinho e foi viver em um mosteiro, com a sua família. Alguns meses depois, o pai e os dois filhos partiram em peregrinação para a Terra Santa, enquanto a menina ficou sob os cuidados da abadessa (superiora do Mosteiro) de Winburn. O pai morreu, dois anos depois na Itália, enquanto Valburga ficou no Mosteiro e seguiu a vida religiosa, tornando-se monja depois da sua juventude. Depois ela escreveu os relatos sobre as viagens dos irmãos Vunibaldo e Vilibaldo, que já eram sacerdotes.

A monja Valburga foi enviada como abadessa para a Alemanha em 748, para fundar mosteiros e se dedicar às escolas entre as populações recém-convertidas ao cristianismo. Conta-se que durante a viagem, uma grande tempestade foi aplacada, graças às suas orações. Naquele país, a abadessa foi recebida e sustentada pelo tio, o bispo Bonifácio, que consolidava seu trabalho de evangelização juntamente com os sobrinhos missionários.

Valburga foi designada pelo tio Bispo para a diocese de Eichestat onde o irmão Vunibaldo tinha um projeto de construir um mosteiro na localidade. Este já havia construído outro mosteiro em Heidenheim. Com a morte do irmão, Valburga passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu por dezessete anos. Era uma mulher de muita penitência e mortificação, que amava o silêncio e se dedicava ao Senhor. Os seus monges eram muito generosos, na assistência à população de toda aquela região.

Alguns prodígios são contados como sinais da santidade de Valburga. Um deles se trata de uma luz sobrenatural que envolveu a sua cela enquanto rezava, o que foi visto por todas as outras religiosas; outro sinal foi a cura da filha de um barão, depois de passar a noite em oração do seu lado.

Santa Valburga morreu em 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heideheim. Quando o corpo foi transladado para Eichestat, quando da sua canonização em 893, descobriu-se que estava intacto e que do sepulcro brotava um fluido de óleo fino, com aroma suave.

Que Santa Valburga, dedicada ao Senhor, ajude-nos a buscar contemplar a face do Amado das nossas almas! Que ela interceda por nós, fortalecendo-nos na generosidade, a serviço do Senhor!


Padre Felipe Fabiane, sacerdote da Diocese de Guarapuava – PR. Doutor  em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, atualmente é secretário da Nunciatura Apostólica no Zimbabwe, sul da África.