Quando uma guerra se instaura?

 Quem tem ouvido para ouvir ouça(Lc 8,8b)

A comunicação se dá de maneira verbal e não verbal. A comunicação verbal é constituída por meio da escrita e da fala. A maneira não verbal se dá pelos gestos e pelo corpo.

Sendo a comunicação crucial para desenvolver relações interpessoais, intrapessoais e sociais, é essencial nesse processo saber ouvir. Saber ouvir com todos os sentidos promove o respeito, atenção e empatia permite conexão nas relações familiares, conjugais, institucionais.

 A comunicação tem como função expressar a necessidade, desejo sentimento, insatisfação, reivindicação. Mas para que ela atinja o seu objetivo se faz necessário um emissor e um receptor. Em outras palavras significa ter alguém que fale e outro que escute, parece obvio, mas a maioria dos conflitos relacionais se dá devido à falta comunicação.  A falta de comunicação é a incapacidade de ouvir a mensagem, fazendo com que não haja a compreensão da necessidade expressada do emissor.  Quando isso ocorre há uma desconexão onde cada um só leva em consideração os seus interesses e seu ponto de vista.

E como diz o poeta  Rubens Alves “É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar. Quem fala muito não ouve”.

Existe a comunicação violenta que é quando se utiliza para ferir, agredir, ganhar vantagens, manipular, culpar ou envergonhar o outro. Essa comunicação divide, afasta não há conexão com o outro e suas necessidades.

Ao longo da nossa história é possível perceber momentos em conflitos que ultrapassaram a margem da comunicação e do diálogo.  Esses conflitos se deram por interesses pessoais e egoístas visando os próprios interesses.

Uma guerra se instaura em seja na esfera familiar, em relacionamentos íntimos e conjugais, na comunidade ou no governo quando não há mais diplomacia se ultrapassaram os limites da comunicação e do diálogo, quando não se tem a capacidade de empática de colocar no lugar do outro sentir a sua dor, e ai que  os interesses próprios sobrepõe o bem comum.

A forma como nos comunicamos pode gerar Pontes  ou Muros, pontes quando ouvimos e sentimos o outro,  muro quando a consequência e divisões e falta de consenso.

Quem tem ouvido para ouvir ouça tem como sentido saber escutar através da escuta atenta e respeitosa com o outro.

Referencia:

Alves Rubens aves; A Arte de Ouvir – Rubem Alves https://prisciladidone.webnode.com.br/news/a-arte-de-ouvir-rubem-alves/


Fernanda Almeida Santos,   psicóloga  CRP08/25722,  formada pelo Centro Universitário Campo real, atua na área clínica e social da psicologia. Apaixonada pelo conhecimento e todas as áreas que envolvem as  relações humanas.