São Leopoldo Mandic: exemplo de missionariedade

Enquanto cristãos somos vocacionados à vida missionária, mas isso não significa que necessariamente precisamos ir para a África ou para outros lugares distantes. Mas se partir para as terras longínquas for nossa vocação, que maravilha! Peçamos o discernimento divino, procuremos um bom diretor espiritual e partamos com coragem.  Entretanto, se não nos sentimos chamados para esse tipo de missão, não há problema; não é por isso que seremos menos missionários.

Ser missionário significa pregar o Evangelho no local onde nos encontramos e o santo que a Igreja nos convida a lembrar no dia de hoje foi exemplo de missionário mesmo sem partir para as terras que quando jovem almejava ir.

O Santo do dia de hoje nasceu em Dalmácia, região que abrange territórios da Bósnia, Croácia, e Herzegovina e Montenegro, ex-Iugoslávia, no ano de 1866.

São Leopoldo Mandic era membro de uma família croata que lhe proporcionou boa formação cristã, inspirando nele o desejo de se aproximar de Deus e para o amor aos irmãos.

Desde muito jovem ele se sentia chamado à vida religiosa, e por isso colocava sua vocação nas mãos de Deus; e quando tinha 16 anos de idade tomou a decisão de servir a Deus e se empenhar para que houvesse a reunificação e reconciliação dos cristãos ortodoxos que haviam se separado da Igreja Católica.

Tomada a decisão, por intermédio da ação do Espírito Santo, o jovem Leopoldo foi encaminhado para viver a vida franciscana.

A saúde de São Leopoldo Mandic, devido aos rigorosos jejuns e vida muito ausetera, era muito frágil, mas ao mesmo tempo ele tinha muita vontade de ir para o Oriente para assim poder promover a comunhão dos cristãos.

No ano de 1884 ele entrou na Ordem Franciscana, e em 1890 já era um sacerdote. Recém ordenado, ele insistentemente pedia aos seus superiores que o enviassem para a missão de unificação, mas em decorrência de sua debilidade física, seus superiores o mandavam ir de convento em convento, até que no ano de 1909 São Leopoldo Mandic chegou no Convento de Santa Cruz, em Pádua, na Itália. E ali, muito dedicado à vida espiritual, vivia sua missionariedade com empenho, servindo os religiosos e os fieis que o procuravam com frequência.

Em cada alma, o santo que hoje celebramos, encontrava o seu “Oriente”. E assim, por obediência e também por amor, ele atendia a cada pessoa que lhe buscava, por horas, sempre em espírito de oração e de abertura para os carismas do Espírito Santo.

Aos 76 anos de idade, São Leopoldo Mandic partiu para o Céu, em odor de santidade, de onde hoje ele intercede por nós.

Viveu uma vida de doação e mortificação, pois descobriu que é se doando que recebe o prêmio celeste e que é morrendo que se vive para a vida eterna.

São Leopoldo foi exemplo de missionário mesmo nunca tendo partido para a missão que tanto desejava na juventude; e assim, serve de exemplo para nós que muitas vezes nos omitimos de ser missionários, de falar de Jesus e de seu evangelho, e sobretudo de agir de acordo com o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Leopoldo Mandic, rogai a Deus por nós!


Eduardo Correia Nassar, é graduado em Filosofia, atua como Ministro Auxiliar da Sagrada Eucaristia e Catequista na Paróquia Nossa Senhora do Rosário,  em Rosário do Ivaí PR.