Quem pertence ao Sistema Familiar?

Tenho falado sobre o Sistema Familiar e sobre o amor oculto que os liga, mas quem faz parte dele? Será que são só os parentes? Que amor oculto é esse que faz essa ligação ser tão forte?

Bert Hellinger observou que há três leis que norteiam o bom andamento de todas as áreas da vida: Lei do Pertencimento, Lei da Hierarquia ou Ordem e Lei do Dar e Tomar, ou Equilíbrio.

Hoje falarei da Lei do Pertencimento que diz que um indivíduo fará de tudo para pertencer a um grupo, mesmo que isso implique adoecer ou morrer. No amor ao pertencimento formamos nossa Identidade e temos um lugar dentro da família. Esse pertencimento é um profundo desejo de segurança, sem o qual ficaríamos vazios, sozinhos e sem identidade.

Pais e filhos constituem uma comunidade que partilha um destino em comum, onde cada um depende do outro de muitas maneiras e precisam cooperar para o bem comum. Cada um simultaneamente dá e recebe, a seu tempo.

Mas não pertencemos somente aos nossos pais, pertencemos a um grupo familiar formado por mais pessoas, inclusive com quem não temos laços sanguíneos, sabia?

Existe uma força invisível (que não está sob nosso controle) que une o grupo familiar. Eu o chamo de Amor Oculto, ele age ligando todos os seus membros por um sentido de ordem e equilíbrio, ele atua em todos os integrantes da mesma forma. Pertencem a esse grupo todos os que essa força vincula e leva em consideração e deixa de pertencer a ele aquele que não é mais ligado ou considerado por essa força. Preste atenção: Quando deixamos de considerar alguém não significa que essa pessoa deixou de ser considerada pelo Sistema e ele tem uma força que não está sob o nosso controle.

Em geral essa força forma o Sistema Familiar e considera como seus integrantes: os filhos e seus irmãos, inclusive os natimortos, os abortos provocados ou espontâneos, os pais e seus irmãos, incluindo mortos, natimortos e os filhos abortados, bem como os nascidos fora do casamento e os meios irmãos. Os avós e seus irmãos. Os bisavós e assim por diante, seguindo os laços de sangue.

Faz parte do Sistema Familiar também pessoas sem laços de parentesco, preste bastante atenção, pois também faz parte do seu Sistema: Os que tenham cedido lugar a outros no grupo familiar, como os parceiros anteriores dos pais e avós e todos cuja desgraça ou morte tenha resultado em vantagem para outras pessoas do grupo familiar.

A Lei do Pertencimento exige que todos esses membros tenham o mesmo direito a pertencer, nenhum deles pode ser excluído ou esquecido e se houver destino funesto de um membro isso afetará todos os demais, levando-os a querer partilhar do destino do que se foi. É o caso de quando um dos filhos morre prematuramente e os outros irmãos querem segui-lo, este buscará, sem perceber, se sair mal na vida profissional, se envolver em acidentes e até entrar em depressão, quando não, morrer também.

Outro exemplo é quando num casal morre um parceiro, o outro, com frequência também deseja morrer. É como se os sobreviventes dissessem interiormente em seu coração: “Eu sigo você”.

Digo ainda que esse processo ocorre de modo inconsciente, sem que percebamos e que nas constelações familiares, esses laços se revelam de forma particularmente impressionante e podem ser reajustados quando se coloca o Amor familiar em ordem.

Eu facilito constelações familiares desde 2015, no dia 07/05 vou estar promovendo um workshop em Laranjeiras do Sul, caso queira experimentar essa abordagem terapêutica presencialmente ou a distância, me procure no Instagram @pormarciaoliveira, ou no Facebook Marcia Oliveira Visão Sistêmica. Será um prazer servir ao seu Sistema Familiar.


Márcia Oliveira possui quatro Formações em Constelação Familiar e está cursando o nível Avançado nesta área. Fez Formações também em Programação Neurolinguística (PNL), Hipnose Ericksoniana, Psicogenealogia, Eneagrama, Acess Consciencious, Análise de Capacidade Cognitiva e outras Terapias Holísticas.