Sinal de contradição

O profeta sempre foi e sempre será um sinal de contradição.

A 1ª leitura (Jr 38,4-6.8-10) propõe o exemplo de Jeremias. No ano 587, os Babilônios suspenderam o cerco a Jerusalém. Os judeus consideram eliminado o perigo. Jeremias, em nome de Deus, falou o que as autoridades não queriam ouvir: era melhor fazer um acordo, para não morrer à espada ou de fome. Jeremias foi então perseguido, colocado numa cisterna, onde deveria morrer de fome. Mas Deus o libertou das mãos dos seus inimigos. Os profetas sempre incomodam e são perseguidos.

A 2ª leitura (Hb 12,1-4) nos alerta a permanecermos firmes em todas as provações, para superarmos com galhardia todas as dificuldades, como os atletas numa competição.

No Evangelho (Lc 12,49-53), Jesus está a caminho de Jerusalém e lança desafios a quem deseja segui-lo. A Palavra de Cristo é sinal de divisão: os profetas tinham anunciado que o Reino de Deus como um tempo de paz, bem-estar, de alegria; um tempo de fraternidade universal. Como concordar isso com as palavras de Jesus no evangelho de hoje? “Pensais que eu vim trazer a paz à terra? Não, digo-vos, mas a divisão”. O Anúncio da verdade suscita oposição. Jesus pede uma opção pessoal consciente, que assume os riscos, inclusive a rejeição dos familiares, para pertencer à nova família, cujo laço de unidade não é o sangue, mas o compromisso com a Palavra. É nesse sentido que Jesus traz divisão. O cristão supera a divisão com o amor gratuito e alegre.

Que tipo de Igreja somos hoje? Profética como Jesus e Jeremias? Que tipo de cristãos somos nós?   De tradição ou conscientes e participantes?

Semana da família. A sua família como vai? Onde ela precisa de conversão? Dia dos pais: Aos pais que testemunham o bem e a verdade, a nossa eterna gratidão!

Bom domingo!
Deus te abençoe.

Fonte: Diopuava


Dom Amilton Manoel da Silva, CP é um missionário passionista e  bispo diocesano de Guarapuava  PR.