Um homem veio constelar a doença da filha. Logo no início observei que a representante da criança queria ir embora da vida, ao ser questionada, sua representante disse que estava bem e que ali era um bom lugar. O quadro geral da constelação revelou que a mãe queria morrer e que a criança se colocava de bom grado no lugar dela, ou seja, por amor cego a criança estava disposta a assumir o destino da mãe. Para os pais isto foi alarmante e assustador.
Uma constelação mostra o que está na alma.
Surgiu a questão: Porque no fundo da sua alma, a esposa queria morrer?
A resposta estava num acontecimento na sua família de origem: A irmã gêmea da esposa morrera pouco depois de nascer.
Quando diante da esposa foi posicionada a representante de sua irmã gêmea, ficou claro que a mulher desejava segui-la na morte, para se juntar a ela.
Eis um exemplo do que quero dizer quando falo de emaranhamentos. Eles estão fora do nosso conhecimento e de nossa consciência, são fatídicos porque determinam a nossa vida, sem que possamos controlá-los. No caso citado, a mulher estava emaranhada, a criança e o marido também. A criança porque, sem saber a razão, adoecia fácil e gravemente, no fundo, queria tomar o destino da mãe para si. E o marido estaria sujeito à situação sem ter como agir.
As Ordens do amor são princípios invisíveis como a lei da gravidade. Mesmo que não acreditemos nela, se saltamos de qualquer altura, sabemos que vamos cair.
Na constelação acima, quando a esposa deu lugar à sua irmã gêmea, que foi excluída da sua vida, pôde respeitar o seu destino e se desidentificar dela. Assim a criança pôde respirar aliviada e olhar, a salvo, para a Vida.
Márcia Oliveira possui quatro Formações em Constelação Familiar e está cursando o nível Avançado nesta área. Fez Formações também em Programação Neurolinguística (PNL), Hipnose Ericksoniana, Psicogenealogia, Eneagrama, Acess Consciencious, Análise de Capacidade Cognitiva e outras Terapias Holísticas.