Santa Dulce dos Pobres, Anjo Bom da Bahia

 13 DE AGOSTO:
ORIGENS:

Dulce Lopes Pontes nasceu, em 26 de maio de 1914,em Salvador da Bahia.Batizada com o nome de Maria Rita, foi a segunda dos cinco filhos de Augusto e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.Orfã de mãe aos seis anos,ela tinha cerca de 16 anos quando começou a manifestar a qualidade que teria distinguido ao longo de sua vida: a caridade. No porão da casa,acolhia crianças, adultos e idosos pobres e cuidava deles. De sua família e vizinhos, obtinha alimentos,roupas, remédios e alguns trocados que lhes destinava para aliviar seu sofrimento

FREIRA:

Enquanto cursava o mestrado em São Salvador da Bahia, ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Mais tarde, conheceu o Superior Providencial dos Missionários da Imaculada Conceição. Logo que se formou, em 8 de fevereiro de 1993, ingressou nesta Congregação, que fez parte da grande família franciscana. Em 15 de agosto de 1934,fez os votos religiosos e adotou o nome de Dulce,em memória de sua mãe.

OS TRABALHOS:

Em 1935 fundou o primeiro movimento operário cristão em Salvador:o Sindicato Operário de São Francisco, em 1937 fundou o Clube dos Trabalhadores da Bahia;em 1939,inaugurou o Colégio Santo Antônio, escola pública para trabalhadores e filhos de trabalhadores,no bairro de Massaranduba,em Salvador. No mesmo ano, iniciou-se a acolhida aos doentes em prédios abandonados da cidade ; em 1949, com a permissão da Superiora, pôde acolher setenta enfermos em um abrigo obtido no galinheiro adjacente à casa de sua congregação.
Em 1960, foi inaugurado o Asilo Social Suor Dulce, com um Estatuto que abarcava todas as fundações e enfatizava seu caráter exclusivamente cristão e humanitário. Em julho de 1979, o Cardeal Arcebispo Avelar Brandão Vilela convidou Santa Tereza de Calcutá a São Salvador para abrir uma casa em Alagados. Irmã Dulce aproveitou para conhecê-la. Exatamente um ano depois, houve outro encontro importante, aquele com São João Paulo II. Em 8 de fevereiro de 1983,foi inaugurado o novo hospital Santo Antônio considerado ,pelos baianos,mais um ” milagre de Irmã Dulce”.

OS ÚLTIMOS ANOS:

Os últimos meses da vida da beata foram caracterizados pela doença. Piorou em novembro de 1990. Em outubro de 1991,São João Paulo II foi a São Salvador e quis ir às Obras visitar Irmã Dulce. O Cardeal Lucas Moreira Neves contou que vó Santo Padre disse várias vezes: “Este é o sofrimento dos inocentes. Igual ao de Jesus.” Ele enfrentou todo seu sofrimento abandonando nos braços do Senhor. Todo o Apostolado dos Beatos resplandece entre aqueles que fizeram caridade a Deus e ao próximo durante toda a sua vida. Sua caridade era maternal, terna.
A sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do Alto extraia energia e recursos para pôr em marcha uma espantosa atividade de serviço aos últimos. Longe de qualquer horizontalismo, como verdadeira alma franciscana, fez-se pobre com os pobres por amor ao supremamente pobre.
Sem fomentar conflitos de classe,lembrou aos ricos da necessidade evangélica de partir o pão com os famintos.

PÁSCOA:

Sua vida foi uma confissão da primazia de Deus e da grandeza do homem filho de Deus, mesmo onde a imagem divina parece obscurecida, degradada e humilhada. Em 13 de março de 1992,a Beata Dulce faleceu em São Salvador da Bahia. De todo o Brasil ela foi,e ainda se define a ” Mãe dos Pobres” e o ” Anjo Bom da Bahia”. Em 13 de outubro de 2019, o Papa Francisco realizou o ato de canonização.

Oração:

” Ó mãe dos pobres,cuida do povo brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizeste em toda a tua vida .Ensina- nos a viver sem indiferença para com os pequeninos .Por Cristo Nosso Senhor.
Amém!”

Anna Maria Oliveira, Pedagoga na Escola Ormi França Araújo na área da Educação Especial. Participa pastoral litúrgica, é campista e catequista de adultos na Paróquia Santa Clara de Candói PR.