Jesus une estreitamente entre si religião e ação, fé e amor, mandamento externo e obrigação interior

Reflexão litúrgica: terça-feira, 06/02/2024
5ª Semana do Tempo Comum,
Memória de São Paulo Miki e companheiros, mártires

 Na Liturgia desta terça-feira, 5ª Semana do Tempo Comum, veremos na 1a Leitura (1Rs 8,22-23.27-30), que da oração de Salomão eclode a intensidade com que Deus é percebido a um tempo como transcendente e distinto, e, também como próximo e presente. É o Deus que “os céus dos céus não podem conter”: não obstante, habita sobre a terra, atende a nossa súplica, escuta o nosso clamor. Seus olhos estão abertos dia e noite para o nosso universo: ele escuta e perdoa. Hoje sabemos como tudo isso se realizou de modo infinitamente mais extraordinário em Cristo, verdadeiro Deus, que vive e está presente entre nós em sua Igreja, em sua palavra, em seus sacramentos. Ele é o mediador que torna Deus presente a nós e nós a Deus. Na medida em que a assembleia eucarística é o corpo de Cristo, é também a mediadora responsável pela oração dos cristãos.

 No Evangelho (Mc 7,1-13), vemos que Jesus desmascara o que está por trás de certas práticas apresentadas como religiosas. E toma um exemplo concreto referente ao quarto mandamento. Corbã era o voto, pelo qual uma pessoa consagrava a Deus os próprios bens, tornando-os intocáveis e reservados ao tesouro do Templo. Aparentemente Deus era louvado, mas na realidade os pais ficavam privados de sustento necessário, enquanto o Templo e os líderes religiosos ficavam ainda mais ricos.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

 


Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.