Por que há sofrimento no mundo? Por que o justo sofre? É castigo de Deus? Por que Deus permite o sofrimento? A liturgia deste domingo busca responder estas e outras perguntas que fazemos sobre o sofrimento.
Na 1ª leitura (Jó 7,1-4.6-7), vemos a experiência de Jó. Ele era um homem justo e fiel ao Senhor. Possuía muitos bens e uma família generosa. De repente, perdeu tudo e foi atingido por uma doença grave. Vieram sentimentos de amargura e de revolta contra Deus. Até os amigos insinuaram ser castigo do céu. Jó lamenta sua condição de sofredor, mas confia e se abandona em Deus…
Na 2ª leitura, (1Cor 9,16-19.22-23) Paulo não olha a condição em que se encontra, seja na alegria ou na dor: “Ai de mim se não evangelizar”.
No Evangelho (Mc 1,29-39), vemos Jesus diante do sofrimento. Ele aparece solidário à dor das pessoas e atento às suas necessidades. Na casa de Pedro, aproxima-se de sua sogra, estende a mão e a “levanta”; ela retoma a vida normal, acolhe e serve os hóspedes. Cura muitos outros doentes e endemoniados, de madrugada, levanta-se e vai rezar, num lugar deserto.
Com os milagres: cura corpos dos enfermos, expulsa demônios e quer um mundo novo, sem qualquer forma de dor.
Com a oração: compreende o plano de Deus e aceita a vontade do Pai. Só a verdadeira oração pode iluminar o sentido da dor. O sofrimento continuará sempre sendo um mistério. Jesus não elimina o sofrimento, mas nos ensina a abraçá-lo com amor e esperança, para que dê frutos de vida eterna. Jesus nos garante de que Deus nunca nos abandona. Resta-nos confiar em sua presença e bondade e entregar-nos em seu amor.
Qual tem sido a minha atitude diante do sofrimento?
Dom Amilton Manoel da Silva CP, é missionário passionista e bispo diocesano de Guarapuava PR.