Vivemos tempos sombrios. Tudo o que não imaginávamos que fosse acontecer parece que resolveu vir tudo ao mesmo tempo. Estamos em isolamento social. Nossas escolas estão fechadas, com os alunos fazendo de tudo para conseguir o estudo remoto. As igrejas com as portas também fechadas. Vamos fazendo de tudo para não ser a próxima vítima do novo coronavírus.
No campo da política central, nossos governantes desandaram a fazer cada dia uma coisa, menos traçar planos e estratégias de enfrentamento da pandemia. É um cenário de horror. De um lado, os que deveriam sentar na cadeira e governar, preferem ir para as redes sociais, para fazer ataques a este ou aquele. De outro, a Suprema Corte do país, ao ser acuado com tantos disparates, resolveu agir para que a justiça prevaleça e a democracia seja salvaguardada. Que tristeza, enfrentar uma das maiores crises sanitárias com gente tão despreparada para o ofício de governar!
Nunca a nossa democracia esteve tão ameaçada como agora. Esta frágil menina, que tem pouco mais de trinta anos está na berlinda. Está por um triz, porque alguns dentre nós, não são capazes de vêem as outras ideias, como a de adversários políticos opositores, mas como inimigos mortais a serem combatidos, eliminados. À força, se preciso for. Nestas horas, me recordo do saudoso escritor, jornalista, romancista, teatrólogo, contista Nelson Rodrigues que dizia: “A maior desgraça da democracia, é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade.”
Entremeando estas situações todas, realçam aqueles que estão fazendo uso peremptoriamente da mentira, para caluniar e difamar outras pessoas. Arranjaram até um nome pomposo para este tipo de atitude: FAKE NEWS. Tudo indica, que existem pessoas que são pagas para, disseminar a mentira. São estas mesmas pessoas, possivelmente, que estejam por trás do chamado “Gabinete do Ódio”. Existe até um inquérito tramitando no Supremo Tribunal Federal para investigar, quem está por trás destas ações orquestradas. Provavelmente, ao se concluir as investigações, vamos ser informados de muitas coisas deste emaranhado todo.
Sobre a mentira a narrativa bíblica é bastante incisiva. O apostolo Paulo mesmo, é uma destas pessoas que orienta aos seguidores de Jesus, para que não façam uso deste instrumento. Em Colossenses ele diz assim: “Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador.” (Col 3, 9-10) No Antigo Testamento também, há orientações explicitas sobre a mentira, como em Provérbios: “O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade.” (Pro 12, 22) Ou ainda num dos salmos que assim expressa “Quem pratica a fraude não habitará no meu santuário; o mentiroso não permanecerá na minha presença.” (Sl 101, 7)
De tanta celeuma e notícias falsas, não sabemos mais em quem confiar. E as informações apressadamente e giram a todo vapor. Quando menos esperamos, a tal informação é desinformação. Bem que os nossos antigos já nos falavam: “Mentira tem pernas curtas.” Desta forma, é preciso ficar muito atento para não sermos enganados e comprar gato por lebre. Nestas horas conta muito também o discernimento. Nem tudo que é veiculado, é verdadeiro. Sobretudo porque, existem pessoas muito bem preparadas, para disseminar estas desinformações. E ninguém escapa das garras destas pessoas do mal. O próprio Papa Francisco, é constantemente alvo desta trupe. Também a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Para o bom seguidor de Jesus, não há como compactuar com a mentira. É inadmissível para quem queira andar com Jesus, ser conivente com a mentira. Bem nos diz João sobre este assunto: “O pai de vocês é o diabo, e vocês querem realizar o desejo do pai de vocês. Desde o começo ele é assassino, e nunca esteve com a verdade, porque nele não existe verdade. Quando ele fala mentira, fala do que é dele, porque ele é mentiroso e pai da mentira.” (Jo 8, 44) Qualquer semelhança com algum personagem da vida real, é mera coincidência.
