No Evangelho de hoje, Lc 13, 18-21, Jesus nos fala do Reino de Deus usando coisas simples, domésticas, sem ostentação. Sabemos que para os judeus, incluindo os discípulos, o Reino de Deus passava pela grandeza humana e política. Eles esperavam que o Reino fosse instituído em Israel através de uma revolução vitoriosa.
A dinâmica do Reino caracteriza-se pela simplicidade, pelo silêncio, pela paciência, pelo tempo de Deus, através de pequenos gestos de humanidade. Na primeira parábola, Jesus usa a pequena semente de mostarda que plantada se torna uma árvore grande. Já na segunda, vemos o Reino como uma massa que uma mulher faz e cresce com a força do fermento.
Tudo leva tempo para se desenvolver. Nada é mágico. Tanto a semente para germinar como o fermento para fazer crescer a massa. O Reino de Deus é o projeto do Pai para cada um de nós. Jesus vem nos ensinar que é pela humildade, pequenez que podemos acolhê-lo. Se acolhermos o Reino poderemos com a graça de Deus testemunhá-lo por onde andarmos, com as pessoas que nos relacionamos no nosso cotidiano. Que o Senhor nos dê a graça de reconhecer o Reino nas coisas pequenas, simples e construtivas, e em todos os sinais de amor, de entendimento, de perdão, de reconciliação, de partilha, solidariedade.
Saber reconhecer a presença de Deus no pobre, sofredor, na mãe que sofre pela perda do filho, nos desempregados, nos indígenas que não tem seus direitos respeitados, nos jovens negros que são perseguidos e mortos.
Cada cristão é uma semente e um pouco de fermento. ‘’A Esperança é a virtude mais humilde, a serva, mas onde existe a esperança, existe o Espírito Santo, que leva em frente o Reino de Deus.(Papa Francisco).