A responsabilidade dos discípulos de Jesus

A Palavra de Deus neste domingo nos fala sobre a nossa responsabilidade de discípulos e discípulas de Jesus Cristo. Para que o Reino de Deus se realize entre nós, precisamos compromete-nos com o Senhor, partilhando o dom de nossa vida numa existência generosa. Todo cristão deve colaborar com a graça de Deus para que ela se multiplique através de nós e atue no mundo com toda sua força transformadora.

No Evangelho, Jesus nos presenteia com mais uma parábola do Reino. A Parábola dos Talentos ilustra com muita sabedoria a atitude que cada cristão deve ter diante do dom de si. Tudo o que temos e somos é fruto da bondade de Deus. Quando partilhamos o dom da nossa vida com generosidade e disposição, a graça de Deus atua em nós e nós nos tornamos grandes potenciais de transformação. O verdadeiro discípulo de Jesus não pode fechar-se em si mesmo ou alienar-se das realidades do mundo, mas deve assumir a mesma gratuidade com a qual o Cristo nos salvou. Jesus partilhou o dom de si até a última consequência, entregando sua vida na cruz. Da mesma forma, nossa vida deve ser fecunda. Partilhar o dom de si é ter consciência da nossa responsabilidade no mundo e colocar todo o nosso potencial à disposição de Deus para que Ele aja na história através de nós.

Em nossa caminhada de fé, deparamo-nos com três tentações que podem nos impedir de viver a generosidade e a ousadia de que nos fala Jesus no Evangelho deste domingo: o medo, o comodismo e a inveja. Muitas vezes, temos receio de partilhar o que somos e temos, pois não confiamos na nossa capacidade, negligenciamos nossas potencialidades para fugir das responsabilidades que elas implicam ou porque nos julgamos inferiores aos outros. Precisamos tomar consciência de que todos nós somos capacitados por Deus. O Senhor da Vida abençoa abundantemente cada um dos seus filhos e os cumula com inúmeros dons. É preciso reconhecermos o grande potencial que trazemos conosco, aceitá-lo com gratidão e partilhá-lo com generosidade. Deus conta com cada um de nós. Negligenciar esse apelo divino é ignorar a vida para a qual fomos criados.