Caríssimos:
Há mais de 2000 anos o Evangelho nos traz a feliz recordação da presença de Jesus Cristo na terra, para tirar o pecado do mundo.
O aviso de João Batista convocando à conversão, que é exatamente a eliminação do pecado em nós e no mundo, vale para nós que já celebramos o grande Jubileu na entrada do terceiro milênio.
No Ano Santo foi aberta a Porta Santa, passando pela qual, arrependidos de nossos pecados e decididos a nos desapegar dos atrativos do mal, achamos a misericórdia de Deus.
A Porta Santa foi encerrada ao término do grande jubileu, mas permanecem abertos os braços da misericórdia de Deus.
Continua mais exigente o compromisso de cada cristão em praticar também a misericórdia, a compreensão, a justiça e o perdão, para que o mundo possa receber os benefícios da luz de Cristo. Assim somos a Igreja desejada por Jesus Cristo.
Hoje, vejamos o que significa estarmos no terceiro milênio da era cristã:
- A Encarnação do Filho de Deus é o acontecimento mais fantástico, cujas consequências ainda não foram todas aproveitadas. É justo louvar e agradecer a Deus pela luz de Cristo que ilumina a humanidade.
- É bom também louvar e agradecer a Deus pela ação da Igreja de Jesus, que, nos dois mil anos transcorridos, produziu ótimos frutos, pela santidade de seus membros, em benefício da sociedade, promovendo o amor, a justiça e a paz, concretizados nas inúmeras instituições em prol da vida e da convivência fraterna.
- É tempo de revisão e de conversão, porque nós, cristãos, somos “povo santo e pecador”. Se o mundo não é melhor, é porque nós católicos não somos melhores. Para isso é bom dar o testemunho da unidade na caridade em nossas comunidades, superando as divergências e as divisões provocadas por egoísmo, por falta de compreensão e de perdão.
Jesus nos batizou no Espírito Santo, como já disse João Batista.
Deixemos que o Espírito Santo cumpra em nós seu papel de lembrar o que Jesus ensinou. Deixemo-nos iluminar por sua luz.
Assim, no terceiro milênio, o mundo será, cada vez mais, iluminado pela lei do amor e do perdão.
Cartas Pastorais
Dom Giovanni Zerbini