Queridos peregrinos, neste domingo, a Igreja celebra a Festa do Batismo do Senhor. Ao concluirmos o Tempo do Natal, o Pai do Céu nos revela quem é o Menino nascido na gruta de Belém. Jesus é o Filho amado de Deus enviado ao mundo para salvar toda a obra da criação.
O Evangelho proposto para a festa de hoje pode ser dividido em duas partes: a pregação de João Batista (v. 7-8) e a narrativa do batismo de Jesus (v. 9-11). Na primeira parte, João revela o mistério que Deus realiza em Jesus e o novo tempo que se inicia. O Batismo de Jesus é mais forte do que o de João e oferece ao ser humano a graça da salvação. Trata-se da ação transformadora de Deus na história que restaura o ser humano ferido pelo pecado e reergue-o para uma vida nova. Na segunda parte, Jesus se apresenta com humildade para ser batizado, solidarizando-se com os pecadores do mundo e associando-se ao Servo Sofredor do profeta Isaías. (cf. Primeira Leitura) Nesse momento, Ele é revelado como Filho de Deus e ungido como Messias. A partir de agora, inicia-se a vida pública de Jesus e o anúncio do Reino de Deus, que serão testemunhados, guardados e anunciados pelos apóstolos. (cf. Segunda Leitura)
A Festa do Batismo do Senhor é um momento oportuno para recordarmos e celebrarmos a graça que recebemos no nosso Batismo. Pelo Batismo, todos nós nos tornamos filhos de Deus, coerdeiro do Reino dos Céus e participantes da missão do Cristo Jesus. O reino inaugurado pelo Filho de Deus deve ser acolhido, testemunhado e a anunciado por todos nós. O Batismo não é apenas um evento social que nos confere um nome nem uma bênção invocada sobre nós para nos livrar dos perigos do mundo, mas um sacramento da Igreja que marca um novo tempo na vida de quem o recebe. Ele expressa a nossa pertença a Deus e dá a coordenada do nosso agir durante toda a nossa vida. Trata-se duma dádiva que recebemos, mas também de um compromisso que assumimos. Ser batizado é configurar-se a Cristo e buscar assemelhar-se a Ele em tudo.