O Cristo Bom Pastor

 

 

Queridos peregrinos, neste Quarto Domingo da Páscoa, a Igreja celebra o Domingo do Bom Pastor. Somos convidados a acolher Jesus Cristo como o grande horizonte de sentido capaz de orientar e sustentar a nossa vida. Ele é o Bom Pastor que não mede esforços para que seu rebanho tenha vida. Na cruz, contemplamos a radicalidade desse amor. Nela, o Senhor entrega sua própria vida para que seu rebanho não pereça.

No Evangelho deste domingo, Jesus se revela para seus discípulos como o Bom Pastor. (v. 11) A bondade do pastor possui uma origem muito clara e concreta: a entrega generosa da sua própria vida. Jesus se oferece livremente para que o desejo salvífico do Pai se realize na história. O Mestre também revela uma relação de profundo afeto com os seus discípulos. (v. 14) Trata-se da íntima comunhão entre Pastor e rebanho. Jesus cultiva uma grande amizade com cada ser humano, chamado a desfrutar da vida plena que Ele oferece através do seu pastoreio. Por fim, o Senhor deixa claro que seu rebanho não se limita a um grupo específico, mas se estende a toda a humanidade. (v. 16) Aqui, temos um grande apelo missionário. A Igreja não pode se fechar em si mesma, mas deve brilha como luz na escuridão a fim de atrair todos os homens e mulheres ao Cristo Jesus.

No mundo contemporâneo, encontramos muitas propostas de felicidade que seduzem o nosso olhar e atraem o nosso coração. Entretanto, nenhuma delas é capaz de preencher o coração humano e conduzir a nossa existência a uma verdadeira realização. Pelo contrário, muitas delas nos levam a um profundo abismo que angustia o nosso coração. São as propostas dos mercenários travestidos de bom pastor que só querem usufruir de seus benefícios. Os mercenários não se importam com o bem-estar das ovelhas, mas só querem tirar proveito da sua lã, do seu leite e até mesmo da sua carne. Quando elas não lhes são mais úteis, os mercenários a descartam. Em meio às inúmeras propostas e alternativas de vida que o mundo oferece, é preciso ficar atento para não se deixar enganar por essas ideologias, costumes e até mesmo pessoas que só querem se aproveitar de nós em benefício próprio. Só Jesus é capaz de nos conduzir a vida e a liberdade. É a Ele que devemos confiar a nosso destino.