Padre Jean Patrik, da Diocese de Guarapuava – PR, apresenta a reflexão e meditação da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Acompanhe!
Amoris Laetitia 214/215
214. Às vezes, os noivos não percebem o peso teológico e espiritual do consentimento, que ilumina o significado de todos os gestos sucessivos. É necessário salientar que aquelas palavras não podem ser reduzidas ao presente; implicam uma totalidade que inclui o futuro: « até que a morte vos separe ». O sentido do consentimento mostra que « liberdade e fidelidade não se opõem uma à outra, aliás apoiam-se reciprocamente quer nas relações interpessoais quer nas sociais. De facto, pensemos nos danos que produzem, na civilização da comunicação global, o aumento de promessas não mantidas (…). A honra à palavra dada, a fidelidade à promessa não se podem comprar nem vender. Não podem ser impostas com a força, nem guardadas sem sacrifício».
215. Os bispos do Quênia fizeram notar que « os futuros esposos, muito concentrados com o dia da boda, esquecem-se de que estão a preparar-se para um compromisso que dura a vida inteira ».244 Temos de ajudá-los a darem-se conta de que o sacramento não é apenas um momento que depois passa a fazer parte do passado e das recordações, mas exerce a sua influência sobre toda a vida matrimonial, de maneira permanente. O significado procriador da sexualidade, a linguagem do corpo e os gestos de amor vividos na história dum casal de esposos transformam-se numa « continuidade ininterrupta da linguagem litúrgica » e « a vida conjugal torna-se de algum modo liturgia ».