São Sisto II, Papa e mártir

Como se sabe, o início do cristianismo foi marcado por terríveis perseguições aos fiéis. Aqueles que aderiam ao seguimento de Cristo estavam cientes da responsabilidade que surge com o batismo, mas mesmo assim estavam dispostos a doar suas vidas em prol do evangelho. A fidelidade que esses primeiros cristãos tinham ao evangelho era admirável à ótica cristã, mas motivo de ira aos pagãos. Tendo em vista que os cristãos, quando fieis à prática evangélica, incomodam os poderosos, não foi diferente com o Império Romano, ou seja, eram vítimas da fúria pagã. Desta forma, durante os primeiros séculos da era cristã, os seguidores de Jesus sofreram demasiadamente, e o santo que a Igreja nos convida a contemplar no dia de hoje foi vítima dessa ira, e seu nome é São Sisto II.

Sisto provinha de uma importante família da cidade de Atena na Grécia e seu pai era um importante filosofo da sociedade ateniense. Portanto, podemos concluir que desde pequeno teve forte influência intelectual e acesso a uma boa educação. Todavia, por possuirmos poucos dados biográficos não sabemos com pormenores como foi sua infância, juventude e conversão. Os dados mais confiáveis que possuímos a respeito deste santo é a partir de seu pontificado, que aliás foi muito curto, durando menos de um ano.

São Sisto II foi eleito Papa em 31 de agosto do ano 257, sendo o sucessor de Estevão I, que havia sido martirizado a mando do imperador Valeriano. Sisto II foi o vigésimo quarto Papa da Igreja; e logo que assumiu a cátedra de Pedro se empenhou em unir a Igreja através de uma organização dos sacramentos tendo por base a palavra de Deus manifestada no Evangelho. Exortava os fiéis a serem cuidados e reverentes aos sacramentos, pois eram o selo do cristão. Quanto a palavra de Deus, afirmava que era a fonte de sabedoria que emana do próprio Cristo pendido na Cruz. São Sisto também era muito preocupado com a evangelização e por isso foi o primeiro Papa a enviar missionários à terra de Gales, sendo o primeiro enviado o bispo São Peregrino, que se empenhou no anúncio da Boa Nova à esse povo. Como São Sisto II nutria uma profunda reverência pelos apóstolos Pedro e Paulo, solicitou que os restos mortais deles fossem transladados para um local apropriado para a veneração dos fiéis.

No período de seu pontificado o imperador Valeriano, furioso pelos frutos de sua santidade perseguia-o incansavelmente, assassinando muitos cristãos violentamente, sobretudo com o desejo de provoca-lo. Sendo assim, a perseguição nesse período era incessante e as atrocidades eram incontáveis. Todavia, o Santo Pastor mantinha sua calma e nas suas pregações exortava os cristãos a almejarem as recompensas celestes e não as glórias terrenas.

No dia 6 de agosto de 258, são Sisto II reuniu os fiéis para a celebração do Santo Sacrifício da Missa, entretanto, neste momento chegaram os encarregados para sua execução. Auxiliando na celebração estavam sete diáconos e seis deles morreram ao lado de seu pastor, o Papa Sisto II. Frente a eminente execução ele não se intimidou, mas antes deu Glória à Deus por ter a honra de enfrentar o glorioso martírio que o levaria direto às portas do céu. E assim, a igreja perdeu seu vigésimo quarto Papa, mas ganhou um santo intercessor que com seu exemplo de bravura nos impulsiona a ser cristãos fieis e autênticos com a Palavra de Deus.

Portanto, aprendamos com o exemplo desde Santo, um dos primeiro Papas de nossa Igreja, à nos entregarmos à causa do Reino e a cuidar daqueles que nos são confiados.

Que São Sisto II e seus companheiros mártires, intercedam à Deus por nós.

 

 


Eduardo Correia Nassar, é graduado em Filosofia, atua como Ministro Auxiliar da Sagrada Eucaristia e Catequista na Paróquia Nossa Senhora do Rosário,  em Rosário do Ivaí PR.