A Liturgia de hoje nos convida a aprofundar o sentido da “lei”.
Na Primeira Leitura (Dt 4,1-2.6-8), o Povo de Deus recebe a lei. No fim da vida, antes de entrar na Terra Prometida, Moisés deixa um testamento espiritual: a lei proposta por Deus. A lei representa um meio de viver a Aliança com Deus, e assim chegar à Terra Prometida. O Judaísmo sempre deu grande destaque à lei, porém tornou-se um “jugo” insuportável.
Na Segunda Leitura (Tg 1,17-18.21-22.27) Tiago lembra: “Sede cumpridores da Palavra, e não apenas ouvintes”. A verdadeira religião não consiste apenas no cumprimento de ritos e na fidelidade a certas práticas de piedade, mas na dedicação em favor dos necessitados.
No Evangelho (Mc 7,1-8.14-15.21-23), temos a atitude de Jesus diante da lei. Os fariseus eram exigentes na observância externa das leis e se escandalizaram porque os apóstolos não lavavam as mãos antes de comer, burlando os ritos de “purificação”. Jesus denuncia o espírito mesquinho deles: “Hipócritas… Abandonais o Mandamento de Deus, apegando-vos à tradição dos homens”.
Na verdadeira religião, não basta apenas a observância externa da lei, precisa também uma autêntica conversão do coração. A lei é um caminho, um meio para o compromisso com Deus e com os irmãos. Vocação do catequista: “O coração do catequista deve viver em comunhão com Cristo, viver o dinamismo do amor e não ter medo de sair do comum, porque Deus vai sempre além” (Papa Francisco). Gratidão a todos (as) os (as) catequistas da nossa diocese.
Bom domingo.
Deus te abençoe +
Fonte: Diopuava
Dom Amilton Manoel da Silva, CP é um missionário passionista e bispo diocesano de Guarapuava PR.