Uma geração com medo de amar é o que temos. Existe um medo irracional de se apaixonar por alguém chamado filofobia. Uma geração que repele o outro ao primeiro sinal de “eu te amo”. Quer despistar alguém? Demonstre um interesse em levar o outro a sério. Estou generalizando? Obviamente que não. Mas uma grande parte se acovardou para o amor. Não sabem fazer boas escolhas por viverem mergulhadas em uma carência afetiva absurda onde “qualquer um” se torna uma tentativa de preencher esse buraco afetivo. E o ciclo vicioso de tornar o outro um objeto de satisfação pessoal segue a todo vapor.
Mas e o amor?
O amor, esse sentimento nobre. O mesmo sentimento do friozinho na barriga e do brilho no olhar. Aquele sentimento que faz você incluir a pessoa na sua rotina diária mesmo que ela não esteja ao seu lado. É o sentimento que faz com que o óbvio seja dito com palavras e gestos. Sabe aquele sentimento de encontrar um bilhetinho no bolso do casaco. Aquele cafuné inesperado ou uma mensagem ou ligação só para te lembrar que você está no pensamento de alguém. Então. É sobre isso.
Isso pode estar soando como um pensamento ultrapassado, obsoleto para você que está lendo este texto. Sinto muito se sua mente já se moldou ao pensamento de amor raso desse mundo. Seja honesto consigo mesmo: o seu coração mesmo machucado pelas formas distorcidas de amar deste tempo continua gritando por alguém que te olhe com um amor verdadeiro. Pare de olhar para o moço de barriga de tanquinho das dancinhas do tiktok ou para a moça do corpo malhado sensualizando no instaram. O amor não está lá. O amor nunca foi sobre aparência. O amor continua existindo, mas talvez você esteja seduzido (a) olhando para as representações falsas de amor apresentadas por essa geração.
Não deixe que a imagem coletiva de que o amor é um fracasso tome conta de você. Eu vim aqui pra te dizer que o amor existe. E ele faz bem sim.
Que o amor de Deus e o amor de alguém que te faça feliz te alcance!
Bruno Rafael Rosa, É enfermeiro, Professor na Rede Estadual de Ensino para o curso Técnico em Enfermagem. Cursa o 8° período de Psicologia na Faculdade de Tecnologia do Vale do Ivaí, e ministra palestras em pastorais, movimentos religiosos e projetos de evangelização.