A alegria

O Terceiro Domingo do Advento é marcado pela alegria. A Antífona de Entrada proposta pela Liturgia nos introduz na espiritualidade vibrante deste domingo: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto.” (Fl 4, 4.5) A alegria da proximidade do Senhor deve renovar a nossa esperança e impulsionar-nos no caminho da conversão.

Novamente, o Evangelho destaca a figura de João Batista. A partir do ministério daquele que é considerado o último dos profetas, o evangelista nos revela a identidade e a missão de Jesus. Ele é o Messias prometido por Deus ao Povo de Israel para renovar os prodígios que o Senhor realizou no Êxodo do Egito. Nele se realizará a redenção anunciada pelo profeta Isaías. (Primeira Leitura – Is 61,1-2a. 10-11) O Novo Êxodo é a salvação do gênero humano, a libertação do pecado e a vida em plenitude. Jesus é aquele que traz o Espírito Santo para regenerar a humanidade decaída. Nele irrompe toda força divina capaz de derrubar as algemas deste mundo que oprimem o povo do Senhor e impedem a vida de florescer. Eis a razão da nossa alegria! (Segunda Leitura – 1 Ts 5,16-24) Jesus Cristo destrói a maldade e santifica todo o nosso ser para podermos viver a vida feliz para a qual o Senhor nos criou.

O Terceiro Domingo do Advento é uma verdadeira pausa restauradora em nossa caminhada de esperança e conversão. Ao contemplarmos a ação amorosa de Deus que age concretamente na história, encontramos a segurança necessária para prosseguirmos nossa jornada de fé neste mundo. O caminho do cristão não é fácil, mas o auxílio e o amparo do Senhor são a garantia do nosso êxito: Ele é fiel e não falha em sua promessa. (cf. Lc 1, 49-50) Uma autêntica experiência de fé, baseada na Sagrada Escritura e na oração, é totalmente libertadora. Ela amplia o nosso olhar, desinstala-nos da mediocridade e dispõe-nos para acolher o projeto de vida que o Senhor tem para nós. Diante dos inúmeros desafios e tribulações que experimentamos e vivemos, é preciso nos aproximarmos do Senhor com um coração despojado para que Ele possa vir ao nosso encontro, armar a sua tenda em nosso meio e realizar sua obra redentora em nós.