Reflexão litúrgica: Quinta-feira, 09/06/2022
10ª Semana do Tempo Comum, Memória São José de Anchieta, presbítero
Na Liturgia desta quinta-feira da X Semana do Tempo Comum, vemos, na 1a Leitura (1Rs 18,41-46), que o profeta Elias se põe na atitude típica de quem deve implorar de Deus alguma coisa: o rosto entre os joelhos. Para avaliar a intensidade de sua prece em tocar o coração de Deus, manda o criado olhar muitas vezes o mar, a ver se vinha chuva. Deus atende a prece de Elias. Com a vinda da chuva, Elias corre ante o carro do rei como servo humilde, talvez para lhe mostrar que sua oposição não o visara como rei, mas como idólatra, pois o rei usava o nome de Deus para enganar o povo e permanecer no poder.
No Evangelho (Mt 5,20-26), vemos que o Sermão da Montanha, nesse trecho, nos ensina que a vida espiritual não está num catálogo de normas perfeitas que proíbem as más ações, mas na limpeza da fonte de todas as ações: o coração, pois, dele procedem assassinatos, adultérios, prostituições, falsos testemunhos e difamações.
Neste Evangelho, Jesus nos ensina a lei do amor e os valores que elevam a vida em comunidade. Diante de nossa realidade, quanto desamor, quantas pessoas estão mortas, para nós. “Se houvesse um raio xis capaz de mostrar o cemitério que criamos dentro de nosso coração, nós nos assustaríamos”. Peçamos a Deus a cura do coração: “Cura, Senhor! Cura, Senhor! Com teu amor”.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus
Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.