Reflexão litúrgica: Quarta-feira, 09/06/2021
10ª Semana do Tempo Comum
Na Liturgia desta quarta-feira da X Semana do Tempo Comum, vemos, na 1a Leitura (2Cor 3,4-11), que o apóstolo Paulo contrapõe a antiga e a nova aliança. A primeira como aliança da letra, isto é, da lei escrita na pedra, a segunda como aliança do Espírito oferecida ao novo povo de Deus. A lei antiga, conquanto gloriosa, levava a morte, porque comportava penas para quem não a cumprisse. A nova lei, vinda do Espírito do Senhor, é uma lei de justiça para a liberdade.
A primeira lei, que foi concluída por Moisés, tinha valor pedagógico, denunciava o pecado, mas não dava forças para vencê-lo. Agora temos por lei a pessoa viva de Jesus que nos dá a capacidade de fazer o bem, pois Ele nos libertou da escravidão do pecado. Se temos essa capacidade de fazer o bem não podemos nos limitar a não fazer o mal. Fomos libertos em Cristo: “Foi para a Liberdade que cristo nos libertou e ninguém nos tirará a alegria de sermos livres (Gl 5,1). Somos chamados a viver, andar e produzir frutos no Espírito: “o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl 5,22). Aqueles que praticam essas coisas herdarão o Reino de Deus, pois continua válido o que Jesus disse ao doutor da lei em relação ao mandamento do amor: “Faça isso e viverá!
No Evangelho (Mt 5,17-19), vemos o programa de vida de Jesus e que, também, deve ser de todo cristão. Este texto se encaixa dentro do Sermão da Montanha (Mt 5-7), um resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Jesus se apresenta como novo Moisés, proclamando, sobre a montanha, a vontade de Deus que leva a libertação ao ser humano.
Nestes ensinamentos, Jesus exige que as pessoas sejam verdadeiras e responsáveis em seus relacionamentos e que os discípulos sejam promotores da paz e da reconciliação.
Encontrar-se com Cristo e segui-lo não é um conjunto de preceitos. Amar a Deus não é um fardo, mas uma oportunidade de demonstrar nossa fidelidade com verdadeiras obras de caridade. “Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!” (Hb 10, 7).
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.