A intervenção de Deus e a autoridade da Palavra que liberta

Reflexão litúrgica: Terça-feira, 05/09/2023
22ª Semana do Tempo Comum

 Na Liturgia desta terça-feira da XXII Semana do Tempo Comum, na 1a Leitura (1Ts 5,1-6.9-11), o apóstolo Paulo nos fala da vigilância em relação à vinda de Jesus, pois devemos percebê-lo presente em nossos irmãos. “Ele é o mesmo: ontem, hoje e sempre”.

O Evangelho (Lc 4,31-37), nos apresenta a manifestação de Jesus, seu poder e a força do Reino. Vejamos:

1º) Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar com autoridade. Na sinagoga, também, estava um homem possuído por um ‘espírito mau’. Há um embate entre o ‘espírito mau’ e o Espírito Santo. O ‘espírito mau’ pode alienar e manipular pessoas e instituições, não deixar que a mensagem de Jesus transforme as realidades. Esse espírito é uma força que pode despersonalizar as pessoas, privá-las de senso crítico e, assim, atrapalhar o avanço do Reino de Deus.

2º) A questão que se coloca é: devemos ir à igreja para enchê-la, evento de prodígios, ou devemos ir para nos libertar dos ‘espíritos maus’?

3º) Quais espíritos maus, a qualquer custo, seduzem, aprisionam e alienam os homens e mulheres de hoje? Quais consequências percebemos: escravidão, insatisfação, angústias, ciúmes, superficialidade, exterioridade, insaciabilidade etc.

4º) Qual seria o milagre para se libertar? “Cair em si”, tomar consciência, retornar à dignidade etc.

Para finalizar, ficam as questões: O que fazem os ‘espíritos maus’ diante de nossa prática cristã? Sentem que sua ruína chegou ou riem à nossa custa? Nos compram (principalmente na campanha política)?

A religião incomoda ou liberta? E, se incomoda, incomoda a quem?

Deus nos livre de uma Igreja de ‘espíritos maus’ e que venha seu Espírito Santo sobre todos nós.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.


Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.