Reflexão litúrgica: Segunda-feira, 25/09/2021,
25ª Semana do Tempo Comum
Na Liturgia desta segunda-feira, 25ª Semana do Tempo Comum, a 1a Leitura (Esd 1,1-6), diz respeito à reconstrução da comunidade judaica após o exílio. O texto faz referência ao edito de Ciro, de 538 a. C, permitindo aos hebreus de Babilônia poderem regressar à Palestina. O fato é narrado com os olhos penetrantes da fé, para os quais os grandes da terra não passam de instrumentos de Deus, Ciro em particular. É, de fato, um grandioso acontecimento da história da salvação, um novo êxodo, de que a reedificação do templo será o grande sinal.
O templo não é mais, como o anterior, obra de Salomão, mas fruto da vontade do próprio Deus, expressa por meio do decreto de um rei pagão. Deus faz reconhecer sua vontade de misericórdia por intermédio de um não crente. Não se limita a falar só pelos canais privilegiados ou só pelos que se dizem fiéis.
No Evangelho (Lc 8,16-18), Jesus nos diz que diante de um mundo de sombras e trevas, devemos ser luz do mundo. Quais são as funções da luz?
– Sinal de vida, de calor, dinamismo, trabalho (nenhum ser vivo vive sem luz);
– Serve para afastar aos animais perigosos;
– Para mostrar o caminho, as belezas presentes na natureza;
– Para iluminar os objetos etc.
Na criação: a luz recorda o primeiro ato do Criador.
No Êxodo do Egito, a coluna de fogo guiava o povo para a Terra Prometida.
Em Isaías: O Servo de Javé: “Luz das nações”.
Jesus: “Eu sou a Luz do Mundo”.
É a Luz que dá sentido à vida, à dor e à própria morte. Uma pessoa que tem luz é uma pessoa sábia, que tem rumo, horizontes.
Todos os seres se identificam pela sombra, somente Deus, pela luz.
Ninguém é luz por si próprio: é ligado a uma fonte geradora. Como a lâmpada depende do gerador, assim nós dependemos do gerador que é Cristo para iluminar. E iluminamos na medida em que estivermos ligados a Ele. Essa união se faz pela meditação da palavra de Deus, pela participação na Comunidade, pela comunhão eucarística, pela caridade e pela oração.
Sempre digo que cada um de nós é como a lua, a lua não tem luz própria, mas ilumina, pois reflete a luz que o sol lhe manda. Nós, também, não temos luz, mas, quando iluminamos, certamente é a luz de Deus que reflete em nós e vamos passando esse esplendor a todos os ambientes em que estamos inseridos. A luz é símbolo do que deve ser um cristão!
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.