“Quem de vós pode , com sua preocupação acrescentar um só dia a duração de sua vida” (Mt 6,27)?
E se eu perder o meu emprego?
E se não conseguir sustentar minha família?
E Se eu esquecer o que vou falar na minha apresentação de trabalho?
E SE e me der um branco e não conseguir falar nada?
E SE eu ficar vermelha, e perceberem que estou ansiosa?
E Se o meu chefe não gostar do meu trabalho?
E Se meu filho sofrer um acidente?
E SE eu ficar doente?
Perceba que esses pensamentos, estão ligados a situações de ameaça, perigo e sobrevivência, com cenário negativos. A preocupação é quando ocupamos o tempo com possibilidades futuras que ainda não ocorreram.
Segundo DAVID A. CLARK(2012), preocupação é: “uma cadeia persistente de ideias repetitivas incontroláveis focalizadas em futuros desfechos negativos incertos. Ela envolve ensaio mental repetido de possíveis soluções que não resolvem a sensação de incerteza sobre uma ameaça iminente”.
Perceba que o pensamento E SE? Está sempre presente causando apreensão o que desencadeia o aumento da ansiedade. A ansiedade por sua vez, está ligada a eventos futuros adversos imaginados. Perceba que quando você tem presente esse tipos de pensamentos que a mudanças corporais, físicas emocionais e, tensões musculares, palpitações, sudorese, tristeza, agitação motora estivesse estes cenários preparando para que o pior aconteça.
A preocupação em um nível disfuncional, tem efeitos prejudiciais na vida dos indivíduos o mantém concentrado em pensamentos de ameaça e perigo, não permitindo avaliar situações que são irracionais e não condizem com a realidade. A preocupação reforça um senso de impotência pessoal. Ela alimenta um senso de incerteza porque está sempre orientada ao futuro, e o futuro é impossível de saber.
“Quem de vós pode , com sua preocupação acrescentar um só dia a duração de sua vida” (Mt 6,27)? A preocupação dasensação de segurança para prevenir que o pior aconteça porém é uma sensação, porque quando se imagina a situação é um gatilho para emoções reativas a situação. A preocupação disfuncional faz com que, se imagine o pior mas na maioria das vezes, não ocorre o mau imaginado.
Referencia
Clark, David A.Vencendo a ansiedade e a preocupação com a terapia cognitivo-comportamental : manual do paciente. tradução: Daniel Bueno ; revisão técnica: Elisabeth Meyer. – Porto Alegre : Artmed, 2014.ePUB.
Fernanda Almeida Santos, psicóloga CRP08/25722, formada pelo Centro Universitário Campo real, atua na área clínica e social da psicologia. Apaixonada pelo conhecimento e todas as áreas que envolvem as relações humanas.