A Promessa se cumpriu, o Espírito foi derramado

Pentecostes, a festa conclusiva do tempo pascal. Com o envio do Espírito Santo sobre os apóstolos e Maria, marca-se o início da missão da Igreja.

Na 1a Leitura (At 2,1-11), Lucas descreve como fato, em Jerusalém, que se deu 50 dias depois da Páscoa. O Espírito Santo transforma profundamente os apóstolos e une numa mesma comunidade, povos de todas as raças e culturas. Inúmeros ouvintes pedem o Batismo. O “Pentecostes” era uma festa judaica agrícola, que agradecia a colheita do trigo e oferecia as primícias. Posteriormente passou a celebrar a chegada do Povo de Israel ao Sinai. Tornou-se a festa da Lei e da Aliança. Lucas queria afirmar que na festa da entrega a Lei de Moisés, recebemos a nova Lei de Cristo: o Espírito Santo. Daí apresentar os mesmos fenômenos do Sinai: trovões, vento forte, chamas de fogo… Lembra também o episódio da torre de Babel, onde ninguém se entendeu. Aqui todos falam uma língua que todos compreendem. Formam uma única família, no amor.

A 2a leitura (1Cor 12,3b-7.12-13), recorda a ação do Espírito Santo na Comunidade. Os dons provindos do único Espírito não podem criar competição, mas devem servir para promover a unidade.

No Evangelho (Jo 20,19-23), João situa a recepção do Espírito Santo na Galiléia, no anoitecer do dia de Páscoa. As portas fechadas revelam uma comunidade desorientada e insegura. O sopro do Ressuscitado comunica o Espírito, como no “sopro” de Deus na criação, onde o homem recebeu vida. Com este “sopro” de Jesus, nasce o homem e a mulher novos. E Jesus os envia… Em nossa vida houve um Pentecostes: no Batismo e na Crisma.

Temos deixado o Espírito nos guiar? Que o Espírito Santo derrame novamente seus dons na Igreja, ilumine nossos passos e nos dê coragem e alegria para sermos verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo.

 

Deus te abençoe.

Fonte: Diopuava


Dom Amilton Manoel da Silva CP, é missionário passionista e  bispo diocesano de Guarapuava  PR.