Neste final de semana, o Evangelho nos oferece mais uma bela catequese sobre o Reino de Deus. Jesus revela a universalidade da salvação. Deus convida todos os povos para a Festa do Reino. É preciso acolher essa boa nova com gratuidade e disposição. Todos nós, independente da nossa condição e realidade, somos destinatários do amor de Deus que nos convida para participarmos do seu reino de justiça, amor e paz.
Depois da imagem da videira, Jesus se utiliza de outra imagem para poder falar do Reino de Deus: o banquete. A Parábola do Banquete de Casamento possui duas finalidades: proclamar a consumação do tempo messiânico e revelar o fechamento de Israel para o novo tempo que se realiza em Jesus. Segundo a tradição judaica, o banquete é lugar do encontro, da convivência e da fraternidade. É expressão da fartura, da qual brota a vida, alegria e realização. Por isso, o banquete é sinal de bênção. Na parábola narrada por Jesus, o rei é o Pai, o casamento do filho é a Nova Aliança de Jesus e os empregados são os enviados do Senhor. O Reino de Deus é o banquete que nos congrega num mesmo único povo e nos irmana numa só família. Desde o início da criação, o Senhor preparou a humanidade para o grande banquete no qual todas as nações seriam reunidas num mesmo e único povo em Cristo Nosso Senhor.
O mundo de felicidade, alegria e paz com que sonhamos é possível. Somos o Povo do Senhor. O Reino de Deus é a nossa maior herança. Não podemos deixar que essa graça nos escape. É preciso agarrá-la com todas as forças. Muitas vezes, nós nos comportamos como aqueles convidados que recusaram o convite do Rei. Às vezes, estamos tão ocupados com nos afazeres e com nossos interesses que ignoramos a graça que o Senhor nos oferece. No entanto, não basta aceitarmos o convite do Senhor. É preciso estar com os trajes adequados. (v. 11) Essa imagem utilizada por Jesus expressa nossa disposição em viver aquilo que é próprio do Reino de Deus. O Senhor exige de nós uma adesão livre e sincera. O Reino de Deus possui uma implicação ética e deve transformar e orientar todo o nosso agir. Somente através desse compromisso é que conseguimos experimentar e viver a verdadeira liberdade de filhos e filhas do Senhor.