Quarta-feira, 10/08/2022, Festa de São Lourenço, diácono e mártir
19ª Semana do Tempo Comum
Na Liturgia desta quarta-feira da XIX Semana do Tempo Comum, vemos, na 1a Leitura (2Cor 9,6-10), que o dom de repartir os bens provém do próprio Deus, que coloca tudo à nossa disposição e que “ama quem doa com alegria”. Quem reconhece ter recebido de Deus sente-se na obrigação de ajudar os mais necessitados, como o próprio Deus nos enriquece com todas as suas graças.
O Evangelho (Jo 12,24-26), noz diz que a missão de Jesus é dar a própria vida para que todos tenham vida. A crucificação não será motivo de derrota ou desânimo, mas o sinal de que o alcance de sua obra é o mundo todo. É necessário que o grão de trigo morra para não permanecer sozinho.
Jesus caiu em terra: a ressurreição passa pela cruz, Jesus agora vive não mais num corpo físico, mas no seu Corpo Místico, na Igreja, isto é, em toda a humanidade. Assim foi para Jesus, assim será para cada um de nós.
Cair em terra, não é só dar fruto, é salvar-se, viver eternamente: “Ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes, a punição a ele imposta era o preço de nossa paz, e suas feridas, o preço de nossa cura” (Is 53,5
São Lourenço
Lourenço foi um dos diáconos da igreja romana, martirizado provavelmente na perseguição do imperador Aureliano (258) que, com seus editos, mandou fechar e confiscar todos os lugares de culto e cemitérios cristãos e punir com o exílio ou morte os dirigentes das comunidades.
Lourenço foi mártir romano mais celebrado depois dos apóstolos Pedro e Paulo. Seu nome consta no cânon romano da missa. Foi enaltecido por poetas e pregadores da antiguidade cristã. É conhecido sobretudo o episódio relativo aos tesouros da igreja. Já que o perseguidor ambicionava os pretensos tesouros da igreja dos quais Lourenço era administrador, este pediu tempo para mostra-los. Reuniu os pobres, as virgens consagradas, as viúvas aos quais a comunidade dava assistência material e lhes mostrou. Os artistas encarregarem-se mais tarde de figurar o corajoso diácono sendo assado numa grelha. O exemplo de Lourenço suscitou muitas pessoas generosas a serviço da igreja e dos pobres.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.