Amoris Laetitia 222

Padre Jean Patrik, da Diocese de Guarapuava – PR, apresenta a reflexão e meditação da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Acompanhe! Amoris Laetitia 222

222. O acompanhamento deve encorajar os esposos a serem generosos na comunicação da vida. « De acordo com o carácter pessoal e humanamente completo do amor conjugal, o justo caminho para o planeamento familiar pressupõe um diálogo consensual entre os esposos, o respeito dos tempos e a consideração da dignidade de ambos os membros do casal. Neste sentido, é preciso redescobrir a Encíclica Humanae vitae (cf. 10-14) e a Exortação apostólica Familiaris consortio (cf. nn. 14; 28-35) para se reavivar a disponibilidade a procriar, contrastando uma mentalidade frequentemente hostil à vida. (…) A opção da paternidade responsável pressupõe a formação da consciência que é “o centro mais secreto e o santuário do homem, no qual se encontra a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir na intimidade do seu ser” (Gaudium et spes, 16). Quanto mais procurarem os esposos ouvir, na sua consciência, a Deus e os seus mandamentos (cf. Rm 2, 15) e se fizerem acompanhar espiritualmente, tanto mais a sua decisão será intimamente livre de um arbítrio subjectivo e da acomodação às modas de comportamento no seu ambiente ».248

Continua a ser válido o que ficou dito, com clareza, no Concílio Vaticano II: os cônjuges, « de comum acordo e com esforço comum, formarão retamente a própria consciência, tendo em conta o seu bem próprio e o dos filhos já nascidos ou que preveem virão a nascer, sabendo ver as condições de tempo e da própria situação e tendo, finalmente, em consideração o bem da comunidade familiar, da sociedade temporal e da própria Igreja. São os próprios esposos que, em última instância, devem diante de Deus tomar esta decisão ».249 Por outro lado, « deve-se promover o uso dos métodos baseados nos “ritmos naturais da fecundidade” (Humanae vitae, 11). Ponha-se em evidência também que “estes métodos respeitam o corpo dos esposos, estimulam a ternura entre eles e favorecem a educação duma liberdade autêntica” (Catecismo da Igreja Católica, 2370), insistindo sempre que os filhos são um dom maravilhoso de Deus, uma alegria para os pais e para a Igreja. Através deles, o Senhor renova o mundo »