O amor é a melhor correção

O valor da sanção como estímulo

Amoris Laetitia 269

A correção é um estímulo quando, ao mesmo tempo, se apreciam e reconhecem os esforços e quando o filho descobre que os seus pais conservam viva uma paciente confiança. Uma criança corrigida com amor sente-se tida em consideração, percebe que é alguém, dá-se conta de que seus pais reconhecem as suas potencialidades. Isto não exige que os pais sejam irrepreensíveis, mas que saibam reconhecer, com humildade, os seus limites e mostrem o seu esforço pessoal por ser melhores. Mas um testemunho de que os filhos precisam da parte dos pais, é que estes não se deixem levar pela ira. O filho, que comete uma má ação, deve ser corrigido, mas nunca como um inimigo ou como alguém sobre quem se descarrega a própria agressividade. Além disso, um adulto deve reconhecer que algumas más ações têm a ver com as fragilidades e os limites próprios da idade. Por isso, seria nociva uma atitude constantemente punitiva, porque não ajudaria a notar a diferente gravidade das ações e provocaria desânimo e exasperação: «Vós, pais, não exaspereis os vossos filhos» (Ef 6, 4; cf. Col 3, 21).