Aproximar os distantes e construir a solidariedade

A fome mata. O ódio gera tantas formas de agressão e maldades. Os resultados são dramáticos. A humanidade desde os primórdios tem sido cenário de divisões, segregações e discórdias.

A Eucaristia é mensagem de comunhão fraterna, não só enquanto nos ajuda a vencer o egoísmo e partilhar o pão e também quando elimina o rancor e o dinamismo de vingança, mas enquanto consegue superar mágoas e ressentimentos e aproximar os distantes e convencer-nos de que em Cristo somos todos irmãos e irmãs, para além de toda diferença e divergência.

Na celebração da Eucaristia encontram-se todos, sem distinção, igualmente filhos e filhas de Deus, portadores da mesma dignidade.

Esta lição é importante. Uma família pode ter muito dinheiro, mas se as pessoas estão divididas é grande o sofrimento. Não há concórdia, nem paz. A mesma divisão existe no seio da sociedade e até na Igreja. A Eucaristia nos compromete com a busca da comunhão e unidade, Jesus reza ao Pai “que todos sejam um” (Jo 17,25). Nascem daí as atitudes de respeito, apreço e capacidade de conviver aceitando as diferenças como riquezas no interior da fraternidade.

Aos cristãos está reservada a missão de testemunhar e construir, pelo perdão e pelo diálogo, a concórdia no seio da sociedade.