Beato Padre Manoel González e seu coroinha,Adílio Daronch, fuzilados no Brasil

 21 DE MAIO

Padre Manoel Gomes González (1877- 1924) e seu coroinha Adílio Daronch (1908-1924), mártires que no Brasil, depois de serem maltratados e amarrados a duas árvores em um morro , foram fuzilados, morrendo por causa do ódio que seus algozes tinham da fé cristã e da Igreja Católica.
Vida de González
Emmanuel Gómez González, filho de José e Josefina, nasceu em 29 de maio de 1877 em São José de Ribarteme, na Diocese de Tuy, Espanha.Ele foi batizado no dia seguinte. Ordenado sacerdote,em 24 de maio de 1902,exerceu seu ministério sacerdotal em sua diocese natal por dois anos.

Missionário

Em 1904,seu pedido para ser transferido para vizinha Diocese de Braga, Portugal,foi atendido.Ele serviu lá como pároco de 1905 a 1913. Quando a perseguição política e religiosa começou,em 1913,Padre González foi autorizado a navegar para o Brasil. Após breve passagem pelo Rio de Janeiro,Dom Miguel de Lima Valverde o acolheu na Diocese de Santa Maria ( RS), e em janeiro de 1914,confiou- lhe o cargo de pároco da Saudade.Em dezembro de1915, o padre González foi transferido para a parte norte da diocese, para uma grande paróquia de Nonoai ( RS), que poderia ser considerada uma pequena diocese.

Frutos do seu ministério

Dedicou-se à evangelização com tanto entusiasmo que nos oitos de seu ministério, melhorou significativamente o nível de fé nessa área. Seu ministério também incluiu o cuidado pastoral dos índios nativos e o cargo de administrador paroquial na paróquia vaga de Palmeiras das Missões.Ele foi de fato, martirizado naquela região remota.

Adílio Daronch

O terceiro dos oitos filhos de Pedro Daronch e Judite Segabinazzi nasceu em 25 de outubro de 1908, Dona Francisca, no município de Cachoeira do Sul,Rio Grande do Sul, Brasil.Em 1911 a família mudou-se para Passo Fundo,e em 1913, para Nonoai (RS).
Fiel discípulo do Padre González, Adilio foi um dos adolescentes que acompanhou o Padre González em suas longas e cansativas visitas pastorais, que incluíam também os índios Kaingang. Foi também fiel coroinha e aluno da escola fundada pelo Padre Manoel. Em 21 de maio de 1924 ,com quase 16 anos de idade,este jovem corajosamente deu seu testemunho de Cristão ao lado de seu mentor.

O martírio dos dois

O bispo de Santa Maria pediu ao padre espanhol que visitasse as colônias teutônicas na floresta de Três Passos, perto da fronteira com Uruguai. Depois de celebrar a semana santa na paróquia de Nonoai (RS),e apesar de a região estar repleta de movimentos revolucionários, o padre embarcou nesta perigosa viagem missionária,acompanhado pelo seu bravo coroinha.
Ao longo do caminho, o padre parou em Palmeira,onde administrou os sacramentos e exortou os revolucionários locais ao respeito mútuo, pelo menos por causa da fé cristã comum que compartilhavam. Os piores extremistas não apreciaram sua mensagem,nem o fato de ele ter dado sepultura cristã às vítimas das bandas locais.Assim, o Padre Manoel passou a ser visto com desconfiança. Continuando o caminho missionário, pararam novamente no caminho para pedir indicações e celebrar a Santa Missa ;o dia era 20 de maio de 1924. Desejando trazer a graça de Deus e proclamar a Boa Nova, os missionários ardentes não atenderam ao aviso dos moradores , que tentaram impedi-los de seguir a missão na floresta. Assim, aceitaram a assistência dos militares que se ofereceram para acompanhá-los até Três Passos. Então, caíram na armadilha preparada para eles e foram levados para uma área remota da floresta, onde foram amarrados às árvores e depois foram fuzilados em 21 de maio de 1924, mártires da fé.

Oração

Rezemos por todos os jovens que se dedicam à evangelização em suas comunidades, fazendo-os anunciadores da Palavra.
Beatos padre Manoel e Adílio mártires , rogai por nós e pela nossa juventude!

Anna Maria Oliveira, Pedagoga na Escola Ormi França Araújo na área da Educação Especial. Participa pastoral litúrgica, é campista e catequista de adultos na Paróquia Santa Clara de Candói PR.