Chave de leitura: Atos dos Apóstolos 24

Padre Paulo Fernando Francini apresenta a chave de leitura do capítulo 23 dos Atos dos Apóstolos. Acompanhe!

 

1.Cinco dias depois, desceu o sumo sacerdote Ananias com alguns an­ciãos e Tertulo, advo­gado. Compareceram eles ante o governador para acusar Paulo.

2.Este foi citado e Tertulo começou a acusá-lo nestes termos: “Graças a ti nós gozamos de paz, e pela tua providência se têm corrigido muitos abusos em nossa nação.

3.Nós o reconhecemos em todo o tempo e lugar, excelentíssimo Félix, com toda a gratidão.

4.Mas, para não te enfadar por mais tempo, rogo-te que, na tua bondade, nos ouças por um momento.

5.Encontramos este homem, uma peste, um indivíduo que fomenta discórdia entre os judeus no mundo inteiro. É um dos líderes da seita dos nazarenos.

6.Tentou mesmo profanar o templo. Nós, porém, o prendemos.

7.(Quisemos julgá-lo segundo a nossa Lei, mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou das mãos com grande violência, ordenando que os seus acusadores comparecessem diante de ti.)*

8.Tu mesmo, interrogando-o, poderás verificar todas essas coisas de que nós o acusamos”.

9.Os judeus o apoiaram, confirmando que as coisas de fato eram assim.

10.Depois disso, a um sinal do go­ver­nador, Paulo respondeu: “Sabendo eu que há muitos anos és governador desta nação, é com confiança que farei a minha defesa.

11.Podes verificar que não há mais de doze dias que eu subi a Jerusalém para fazer minhas devoções.*

12.Não me acharam disputando com alguém, nem amotinando o povo, quer no templo, quer nas sinagogas, ou na cidade.

13.Nem tampouco te podem provar as coisas de que agora me acusam.

14.Reconheço na tua presença que, segundo a doutrina que eles chamam de sectária, sirvo a Deus de nossos pais, crendo em todas as coisas que estão escritas na Lei e nos profetas.

15.Tenho esperança em Deus, como também eles esperam, de que há de haver a ressurreição dos justos e dos pecadores.

16.Por isso, procuro ter sempre sem mácula a minha consciência diante de Deus e dos homens.

17.Depois de muitos anos (de ausência) vim trazer à minha nação esmolas e oferendas (rituais).

18.Nessa ocasião, acharam-me no templo, depois de uma purificação, sem aglome­ração e sem tumulto.

19.Viram-me ali uns judeus vindos da Ásia, e estes é que deviam comparecer diante de ti e me acusar, se tivessem alguma queixa contra mim.

20.Ou digam estes aqui que crime terão achado em mim, quando eu compareci diante do Grande Conselho.

21.A não ser esta única frase que proferi em voz alta no meio deles: Por causa da ressurreição dos mortos é que sou julgado hoje diante de vós!”.

22.Félix conhecia bem esta religião e, adiando a questão, disse: “Quando descer o tribuno Lísias, então examinarei a fundo a vossa questão”.

23.Ordenou ao centurião que o guardasse e o tratasse com brandura, sem proibir que os seus o servissem.

24.Passados que foram alguns dias, veio Félix com sua mulher Drusila, que era judia. Chamou Paulo e ouvia-o falar da fé em Jesus Cristo.

25.Mas, como Paulo lhe falasse sobre a justiça, a castidade e o juízo futuro, Félix, todo atemorizado, disse-lhe: “Por ora, podes retirar-te. Na primeira ocasião, eu te chamarei.”

26.Esperava outrossim, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse algum dinheiro, pelo que o mandava chamar com frequência e se entretinha com ele.

27.Decorridos dois anos, Félix teve por sucessor a Pórcio Festo. Querendo, porém, agradar aos judeus, deixou Paulo na prisão.”