ao último capítulo deste evangelho, o capítulo da Ressurreição do Senhor!
O texto é curto, mais sucinto que dos outros três evangelistas, além de que os versículos 9 e seguintes são acréscimos posteriores à escrita original. Provavelmente, a comunidade percebeu que era fundamental relatar os encontros com o Ressuscitado, bem como o mandato missionário da Igreja, pois são fatos realmente imprescindíveis. Não era possível terminar o texto com o túmulo vazio e deixar de falar da experiência com o Cristo Vivo que a comunidade faz.
Porém, mesmo sendo breve, o relato afirma o fundamento da nossa fé: “Não vos espanteis! Procurais Jesus Nazareno, o crucificado. Ressuscitou…” (Mc 16, 6)
Antes de dizer que ele Ressuscitou, o mensageiro afirma que é o crucificado. Este detalhe é importante, pois o mesmo Jesus que aparecerá glorioso e enviará a Igreja nascente à missão é aquele “servo sofredor” que padeceu na cruz. Não há como separar a ressurreição da cruz, esquecer dela. Embora não tenha sido a palavra final, a cruz é o sinal potente da nossa redenção.
O epílogo, ou acréscimo posterior, enfim, resume alguns dos encontros com o Crucificado Ressuscitado – que serão detalhados nas narrativas dos outros evangelistas – e, por fim, narra o envio à missão da Igreja que nasce. É de suma importância que o texto tivesse esta continuidade, pois o que é anunciado não é o túmulo vazio apenas, mas a experiência de um encontro com Jesus Cristo de Nazaré que vive.