Conversão: mudar de mentalidade, deixar os mecanismos perversos e alienantes que geram divisão, pobreza e morte

Reflexão litúrgica: Terça-feira, 11/04/2023
Primeira Semana do Tempo Pascal

Na Liturgia desta terça-feira, da Oitava da Páscoa, vemos, na 1a Leitura (At 2,36-41), que o discurso de Pedro faz com que as pessoas tomem consciência do seu próprio pecado. O que fazer diante disso? Pedro convida a multidão a abraçar a vida nova com Cristo pelo Batismo.

Diante do anúncio: “levantou a voz e falou”, e da denúncia: “este Jesus que vós crucificastes”, as pessoas tomam consciência do erro a que foram induzidas, percebem que foram envolvidas na trama de poder que levou Jesus a morte. Percebem que, continuando assim, serão sempre alvo de interesse e dominação. “Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito, e perguntaram: o que devemos fazer?” Diante da reação do povo arrependido e cheio de desejo de romper com o sistema injusto, Pedro propõe: “Convertei-vos! Salvai-vos dessa gente corrompida!” Muitos mudaram suas atitudes e receberam o batismo.

As questões que levantamos são as seguintes: Em nossos trabalhos pastorais, conseguimos levar as pessoas a se manifestarem do lado da justiça, da verdade e do bem comum? Nossos objetivos pastorais, sociais e políticos levam as pessoas a se salvarem dos mecanismos perversos e alienantes? Quem viver, verá!

No Evangelho (Jo 20,11-18), Jesus está vivo, mas não se manifesta de modo físico, como o Mestre durante sua vida na história. Apresentando-nos o encontro de Maria com Jesus, o evangelista João pretende levar-nos a compreender o novo modo de presença do Senhor e, por isso, o novo modo de entrar em contato com ele. Quer além disso, indicar-nos que o novo modo de presença do Senhor entre nós liga-se a seu novo modo de estar com o Pai.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

 


Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.