De onde vem os distúrbios e dificuldades psicológicas? Como começou tudo isso?

Existem muitos médicos, psiquiatras, psicoterapeutas que se tornaram autores de grandes pesquisas por se dedicarem a estudar essas questões, às vezes porque passaram por elas, mas principalmente porque viram seus clientes e pacientes apresentarem doenças no corpo que provinha de questões psicológicas.

Desde muitos anos eles têm verificado nas suas práticas com milhares de pacientes que as “doenças” têm uma relação com os traumas psíquicos vividos por seus familiares que vieram antes.

Françoise Dolto, por exemplo, falou de débitos inconscientes dos pais dos pacientes, assim como os efeitos patológicos do passado dos pais e dos avós, que são expressos nos sofrimentos dos filhos. Ele criou o seu anunciado: “precisamos de três gerações para fazer um psicótico” que é a pedra fundamental seja das terapias que seguem o modelo Familiar Sistêmico ou da Psicogenealogia.

Didier Dumas, seu aluno e discípulo, desenvolveu seu estudo em cima deste discurso e acrescentou que o “não dito” dos antepassados torna-se um “impensável genealógico” para os descendentes. Aquilo que foi um “não dito” para um bisavô pode tornar-se para um bisneto um distúrbio cujas razões são incompreensíveis porque não são conhecidas como são, nem ao menos pensadas.

Abraham e Torok foram os primeiros a analisar o problema das patologias geradas pelos traumas e não ditos dos antepassados. Esses dois psicanalistas postularam a existência de uma “cripta” na psique, parte separada do eu (ego), causada pela lacuna criada pelas ocultações dos eventos traumáticos vividos por um ascendente. Esta cripta é habitada por um “fantasma”, um trauma fantasma, que se transmite de geração em geração.

Contemporaneamente os estudos de Boszormenyi-Nagy sobre ética familiar, mostram que os débitos e os méritos dos antepassados se transmitem de geração em geração. Temos um livro de contas familiar que carregamos dentro de nós onde está escrito quem é credor e quem é devedor. (trecho do Capítulo final

do livro  Jung, Psicogenealogia e ConstellazioniFamiliari InconscioColletivo e sincronicità AutoraDot. essa Maura SaitaRavizza- Tradução: Dra. Jaqueline Cássia de Oliveira).

 Como podem ver, há pesquisadores que dedicam suas vidas a estudar onde se iniciaram as perturbações psicológicas que percebemos em nossas vidas hoje. Bert Hellinger estudou com outros grandes pesquisadores como a mãe da Programação Neurolinguistica a Dra. Virgínia Satir, com o pai da Hipnose, o Dr. Milton Erickson e com o Biólogo Britânico Rupert Sheldrake para desenvolver as Constelações familiares.

Eu estudo com constância essa abordagem terapêutica desde o meu primeiro contato com ela e não me canso de dizer que há algo de divino nela, por causa da maneira como ela desata os nós do passado liberando as pessoas para viverem plenamente suas vidas.

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Márcia Oliveira possui quatro Formações em Constelação Familiar e está cursando o nível Avançado nesta área. Fez Formações também em Programação Neurolinguística (PNL), Hipnose Ericksoniana, Psicogenealogia, Eneagrama, Acess Consciencious, Análise de Capacidade Cognitiva e outras Terapias Holísticas.