Evangelho – Jo 15,9-17
Caríssimos:
O cristão deve esquecer que tem inimigos.
É esta a consequência do mandamento do amor, que sintetiza todos os demais mandamentos da lei de Deus. O amor não é um simples sentimento, mas se torna ação.
As palavras bonitas podem servir, mas o que resolve mesmo são os fatos. Para o evangelista João a única coisa proibida é o ódio.
“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor.” (Jo 15,10)
Nós não gostamos muito de leis e proibições. Achamos isso uma imposição, algo que vem de pessoas severas que não compreendem as exigências de um jovem, de um homem, de uma mulher, afinal achamos serem pessoas que só querem mandar e proibir.
Está aqui o nosso engano. Aquilo que nós encontramos na Bíblia, as orientações e também as proibições, partem de Deus, que nos criou, que sabe como somos feitos e para que servem as potencialidades do nosso corpo, os desejos e impulsos da nossa natureza. Deus fez a natureza. É lógico que a conheça bem.
Encontramos nas Sagradas Escrituras expressões que dizem como nenhum povo tinha leis tão sábias como o “povo escolhido”, que as recebeu de Deus.
Então podemos estar bem tranquilos e confiantes, procurando aceitar os ensinamentos que mais correspondem à nossa natureza, como foi criada por Deus.
Imaginem só, se todo mundo praticasse os famosos “dez mandamentos”!
Teríamos mais unidade em nos dirigir ao Deus verdadeiro, criador do céu e da terra e seria para nós grande alegria poder louvar e respeitar seu nome, pois Deus é grande, Deus é sábio, Deus é bom.
Um dia da semana seria o momento de nos encontrar com a família e com a comunidade, descansar e, ao mesmo tempo, em conjunto, cantar os louvores do Deus que nós dá a vida e o tempo. Haveria tanto amor e respeito nas famílias e não teríamos pais anciãos abandonados pelos filhos ingratos. A vida seria respeitada, não teríamos medo da violência. Todo mundo teria seu direito à vida desde o seio materno até que Deus chamar para a eternidade.
Respeitando a finalidade que Deus estabeleceu para a sexualidade, teríamos sempre paternidade e maternidade responsáveis e diminuiriam também os riscos de doenças antigas e novas. Não teríamos ameaças de assaltos, sequestros e roubos. Haveria justiça social, especialmente no reconhecimento do salário adequado para quem trabalha, e às famílias não faltariam do necessário para seu digno sustento.
Não haveria falso testemunho. Ninguém falaria mal, nem caluniaria os outros.
O compromisso assumido no casamento seria fielmente mantido, para a alegria e a segurança dos filhos.
Não haveria ganância, cobiça, inveja. Não seria isso um paraíso? Isto aconteceria se praticássemos os dez mandamentos.
Deus nos ensinou o caminho, porque é bom, quer o nosso bem. Ele nos ama de verdade. Quem avisa, amigo é.