Eis mais um tempo de Quaresma.
Iniciamos, com a Quarta-feira de Cinzas, os 40 dias de preparação à maior solenidade da Igreja de Jesus, a Páscoa, que é a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Somos convidados pela Liturgia:
– à maior escuta da Palavra de Deus,
– à oração mais intensa,
– a um pouco de sacrifício.
Este sacrifício ou penitência tem duas finalidades:
1ª – Favorecer um autocontrole na alimentação e nas despesas supérfluas. A moderação no regime alimentar é muito útil à saúde.
2ª – Ajudar, com os recursos poupados, a quem mais necessita.
Então, vocês notam que a Quaresma é o período em que a Igreja chama seus filhos a rever seus comportamentos, descobrir as próprias infidelidades, a corrigir e, às vezes, inverter o rumo da própria vida. É tempo de conversão. É tempo de acertar a rota.
O Evangelista Marcos nos apresenta como Jesus, antes de iniciar sua pregação pública, se afasta para refletir, para decidir. Aí supera a tentação de um caminho triunfalista e cômodo, e aceita o plano de Deus Pai, que levará até à cruz.
É um convite também para nós a confiar na vontade de Deus, ou no projeto que Ele tem a nosso respeito, sabendo que deseja o nosso bem, e que os sofrimentos que podem vir, quando queremos praticar os ensinamentos de Jesus Cristo, na honestidade, no exercício do amor e do perdão, não serão inúteis. Deus garante que tudo isso dará frutos de vida eterna.
É este o caminho traçado, no terceiro milênio, para que sejamos testemunhas do autêntico ensinamento de Cristo: amar a todos, perdoar e rezar pelos inimigos.
Ajudaremos a transformar o mundo numa grande família.
A Campanha da Fraternidade nos traz, cada ano, um tema para olharmos com fé e generosidade os problemas sociais existentes.
Procuremos refletir e tomar decisões práticas.
Jesus Cristo nos dê a coerência da fé.
Cartas Pastorais
Dom Giovanni Zerbini