Reflexão litúrgica: quinta-feira, 30/03/2022
5ª Semana da Quaresma
Na Liturgia desta quinta-feira, V Semana da Quaresma, vemos, na 1a Leitura (Gn 17,3-9), o pacto com que se iniciou a história da salvação. Os protagonistas são Deus e Abraão. Este é um nômade prostrado com a face em terra, dobrado em atitude de adoração e submissão ao peso da bênção que deverá transmitir a nações e reis. Doravante terá um novo nome, Abraão, pai de muitos povos; e Deus por sua vez, será o Deus de Abraão. Por força deste pacto Deus e Abraão (e sua descendência) fazem causa comum: a obra da salvação será levada sob a direção, o auxílio, e a proteção de Deus.
Este pacto de aliança continua a vigorar, realiza-se no batismo e no encontro de fé com a Palavra de Deus que, em Cristo e por Cristo, é dirigida a cada um de nós.
No Evangelho (Jo 8,51-59), vemos que Abraão se alegrou com a promessa feita por Deus de que o futuro Messias iria sair da sua descendência. Jesus vai muito além, e atribui a si mesmo o título do Deus de êxodo: “Eu Sou”.
No texto, Jesus não fala da morte que encerra esta nossa vida. Ele mesmo, Filho de Deus encarnado, morreu. Fala da morte como porta do nada, negação de toda vida, fim de toda esperança e de toda felicidade. Se crermos nele, a morte não será um fim para nós. Pelo contrário, será início de uma nova vida, em que poderemos encontrar a total realização de todos os nossos anseios e felicidade. Nele está a realização plena de cada um de nós, seres humanos.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.