Em Cristo, somos mais que vencedores

Na Liturgia desta segunda-feira da VII Semana do Tempo Pascal, vemos, na 1a Leitura (At 19,1-8), que o episódio narrado aqui das pessoas que só haviam recebido o batismo de João (batismo de água para a penitência), deixa bem claro um ponto fundamental: a maturidade da fé cristã só se realiza por meio da ação do Espírito Santo (papel de agente que direciona a Igreja Apostólica e na sensível experiência que têm os primeiros cristãos de sua presença e atuação) que se faz presente pelo batismo conferido em nome de Jesus (batizar em nome de Jesus significa fazer com a autoridade de Jesus. Os discípulos batizavam em nome de Jesus para se distinguirem dos judeus, que não reconheciam Jesus, só Deus Pai).
Jesus mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ele, depois da sua ressurreição, confere esta missão aos Apóstolos: “Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações; batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinai-os a cumprir tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20).
Desde o dia de Pentecostes que a Igreja vem celebrando e administrando o santo Batismo: “O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre a sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (CIgC, 1278).
Segundo o apóstolo Paulo, pelo batismo o crente comunga na morte de Cristo; é sepultado e ressuscita com Ele: “Todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova” (Rm 6, 3-4).
Para uma maior compreensão da teologia do batismo, ver o Catecismo da Igreja Católica, parágrafos, 1210 ao 1284 (A Celebração do Mistério Cristão).
No Evangelho (Jo 16,29-33), vemos que Jesus é verdadeiro com seus seguidores: o futuro é tempo de testemunho em meio a lutas e perseguições. Mas é também tempo de confiança e paz, pois os cristãos podem contar com o amor do Pai, e, desde já podem estar certos da vitória: Jesus já venceu todos os adversários. Para quem acredita em Jesus, a ordem social injusta, que condena o justo inocente, está condenada ao fracasso para sempre.
“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito… Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Cf. Rm 8, 28-39).
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.