Neste trecho, o evangelista narra a continuação dos ensinamentos de Jesus após a parábola do semeador. Uma nova metáfora é usada. No mesmo sentido de uma semente que realiza seu potencial quando germina da terra, a luz cumpre seu papel ao ser colocada no alto. Esta figura da luz, em outros evangelistas, é posta próxima a outro trecho da mesma temática. Traz aos leitores do texto sagrado uma responsabilidade direta com o anúncio e vivência da Palavra de Deus – luz para os nossos caminhos.
Depois de experimentarmos o encontro com o Cristo Luz, não podemos mais guardar esta Boa Nova somente dentro do coração. É preciso anunciar, levar adiante, para iluminar outros corações.
Da mesma forma, o texto deste evangelho nos faz uma advertência quanto à Verdade, afirmando que nada que está escondido, há de ficar encoberto. Muitas vezes em nossas vidas, sofremos a angústia de uma verdade que não é conhecida, ou mesmo uma injustiça que precisa ser esclarecida. Além do ditado popular que nos fala que a “justiça tarda, mas não falha”, nossa fé nos dá a certeza de que aqui na terra ainda ou mesmo na eternidade, a Verdade que bem do Cristo Caminho, Verdade e Vida, sempre terá primazia.
Em seguida, o evangelista nos traz uma outra admoestação do Cristo Mestre: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos”, lembramos aqui, em outras palavras, da regra de ouro sobre fazermos aos outros o que queremos que façam a nós, ou mesmo, o conselho de não julgarmos para não sermos julgados. Aqui, cabe perfeitamente um exame de consciência para todos nós, cristãos, acerca das nossas relações fraternas e sociais.
Marcos é um evangelista sucinto, em poucas palavras nos traz inúmeros ensinamentos do Evangelho de Cristo, “quem tiver ouvidos, ouça”.