Caríssimos:
Jesus pergunta também a nós hoje: “Quem dizem as pessoas quem eu sou?”
É fácil, hoje em dia, responder que Jesus é Filho de Deus, nascido de Maria, por obra do Espírito Santo. Tudo isso escutamos na catequese, nas celebrações litúrgicas e comemorando as festas, desde o Natal até a Páscoa da Ressurreição, onde aparece o poder de Deus Pai, sua bondade e o desejo de manifestar-se à criatura humana, destinada a fazer da própria família de Deus.
É claro, também, que escutamos outras vozes. Há quem tranquilamente acha Jesus mais ou menos como Buda, talvez inferior a Maomé, o maior profeta de Alá, ou ainda que a época de Jesus Cristo terminou, para dar espaço a novos conceitos sobre a pessoa humana, que dispensam a Salvação que Deus Pai nos quer dar.
Vozes, que nos chegam pelos meios de comunicação, ou por insistentes visitas a nossas casas pelos “novos profetas da confusão”, ou em associações, que esvaziam os conteúdos da fé revelada por Jesus Cristo, dando assim importância exclusiva ao pensamento humano, às ciências e descobertas da pesquisa tecnológica.
“E vós, quem dizeis que eu sou?” Aqui a pergunta de Jesus é bem pessoal. Para mim, que escrevo estas palavras, para você que está lendo ou escutando, que importância tem Jesus Cristo?
Se conseguimos responder como Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”, então seremos aprovados! Messias é quem Deus Pai mandou para salvar os homens, as mulheres, as crianças. Todo mundo. Sim. Jesus veio do Pai, para dizer a todos, que é o único caminho para alcançar a felicidade. Só por meio de Jesus Cristo chegaremos ao Pai.
Esta é a grande Revelação, feita pelo Pai, que está nos céus. Filho do Deus vivo. Não de um Deus morto ou superado. De um Deus que fez Jesus “ontem, hoje e sempre”.
Assim Jesus, para mim e para você, é o companheiro na estrada da vida, que Ele conhece bem, para chegarmos à meta final: a verdadeira felicidade.
Daqui vem toda a importância de escutar aquilo que Deus nos quer dizer, para não nos deixar enganar ou impressionar com aquilo que os outros nos dizem.
Jesus entrega a Pedro diversas tarefas. Se ficarmos agarrados à rocha da Igreja de Jesus, nenhuma potência do mal conseguirá atrapalhar a nossa vida. Se entrarmos no Reino de Deus, pela porta aberta por Pedro, estaremos garantidos contra as investidas de falsas doutrinas ou de vozes que passam, como a moda.
“Minhas palavras nunca passarão”, afirma Jesus.
O Divino Espírito Santo ilumine os nossos jovens na escolha de sua vocação, para que sejam úteis à sociedade, na prática da vida cristã. Se fossem bons cristãos, serão honestos cidadãos.
Neste domingo dedicado à figura do catequista, queremos agradecer este serviço prestado à Igreja, ensinando crianças e adultos a conhecer melhor e seguir o caminho traçado pelo Divino Mestre.
Cartas Pastorais
† Dom Giovanni Zerbini
Bispo Emérito da Diocese de Guarapuava
