06 DE AGOSTO
HISTÓRIA:
A festa da Transfiguração recorda a dedicação das Basílicas do Monte Tabor, celebradas desde o fim do século V. Está festa é posterior à Exaltação da Cruz (14 de setembro), da qual depende a sua data,marcada para 6 de agosto,40 dias antes da Exaltação da Cruz. A festa começou a ser celebrada também no Ocidente, a partir do século IX, quando foi inserida no calendário romano pelo Papa Calisto III, em 1457: uma ocasião histórica pela feliz recordação da vitória contra os Turcos, ocorrida no ano anterior, que ameaçavam seriamente o Ocidente.
FESTA NO ORIENTE:
A Transfiguração do Senhor está entre as grandes festas e solenidades da Igreja Oriental, vem precedida com a oração das vésperas solene,seguido da grande vigília de oração, é evidente que, para nossos irmãos orientais,esta festa tem uma importância extraordinaria, pois traduz profundamente a teologia da divinizacão do homem.
SAGRADA ESCRITURA:
O episódio da Transfiguração chegou até nós por meio dos relatos dos Evangelhos Sinóticos (MT 17, 1-9; Mc 9,2-10; Lc 9, 28-36),mas também por meio de uma alusão,contida na Segunda Carta de São Pedro Apóstolo (1.16 a 18), proposta pela forma litúrgica como uma leitura do livro do profeta Daniel (7-9-10.13-14), se a festa for celebrada na semana.
Nesse evento prodigioso, Moisés e Elías ( a Lei e os Profetas) aparecem conversando com Jesus. Diante de tudo isso, Pedro se voltou para Jesus para expressar a sua admiração e seu temor pelo que ele e os outros dois discípulos tinham visto e que em eles estavam participando: Rabino, que quer dizer ( mestre), é bom estarmos aqui: vamos fazer três tendas,uma para ti,uma para Moisés e outra para Elias.
Uma nuvem chegou, símbolo da presença divina como a que acompanha os judeus,(cf. Êxodo 16,16) que os envolveu com sua sombra,da qual veio uma voz:” Este é meu Filho amado: escutai-o! “, repetindo o que Deus,o Pai, já havia revelado por ocasião do batismo de Jesus no Jordão, a primeira teofania da Trindade. ” Filho Amado” é um dos mais importantes títulos cristológicos, inspirados por (Isaías 42,1), onde o termo “amor” significa o Servo de Javé, enquanto o convite: “ouvir”, lembra (Deuteronômio 18,25), onde Moisés anuncia a vinda do profeta do fim dos tempos ao qual o povo deve ouvir.
Essa voz e a sombra da nuvem lançaram os discípulos em grande medo, de modo a prostá- los ao chão. Mas quando os discípulos olharam em volta , não viram senão só Jesus. Esta presença, é o único essencial, é a coisa mais importante a ser encontrada no final de uma grande experiência. Só descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém sobre a experiência teofânica,vivida, exceto depois que vi Filho do Homem ressuscitou dos mortos,o que eles não compreenderam.
TEOFANIA:
A Transfiguração é, portanto, uma teofania,uma manifestação tanto da vida de Cristo como Trindade. Nesse sentido o episódio da vida de Jesus é considerado como o batismo de Jesus no Jordão. A voz do pai declara Jesus como filho amado; o Filho está brilhando de luz, símbolo de sua descida divina;o Espírito envolve os discípulos á sombra da nuvem,tornando-se o portador da voz que testemunha a identidade de Jesus. Jesus foi transfigurado aos olhos dos seus discípulos, e até mesmo os olhos dos discípulos foram transfigurados, no sentido de uma transfiguração de sua capacidade de ver ,contemplar, para ser capaz de encontrar em Cristo a glória de Deus através do Espírito Santo.
ORAÇÃO:
” Jesus, amigo de todos, assim como manifestastes a Tua glória aos discípulos,Te pedimos que se manifeste a nós, para que Te conheçamos melhor e Te amemos concretamente nos colocando a serviço da Igreja ,no encontro com irmãos. Que o encontro contigo deixe marcas profundas em nossa história.
Amém! “
Anna Maria Oliveira, Pedagoga na Escola Ormi França Araújo na área da Educação Especial. Participa pastoral litúrgica, é campista e catequista de adultos na Paróquia Santa Clara de Candói PR.