Também nós ficamos curiosos para saber quando tudo isso acontecerá, mas Jesus já disse: “Quanto àquele dia e aquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai”(Mt 24,36).
A vinda de Jesus não se dará somente no fim do mundo ou na hora da morte; dá-se todos os dias, quando encontramos as pessoas, o elas vêm ao nosso encontro. Antes de sairmos de casa, não podemos adivinhar com quem nos encontraremos, mas de uma coisa podemos estar certos: quem vier ao nosso encontro deverá ser acolhido como se fosse Jesus. Então, nosso sorriso será verdadeiro, vindo de nosso coração. Depois, mesmo que não possamos demorar, façamo-lo com caridade, e não despachando o irmão.
O Evangelho de hoje nos fala sobre a vigilância. Mas podemos nos questionar. O que é vigiar? Para alguns, pode ser a atitude policiesca por se considerarem donos da verdade. Parece que Mateus não pensava assim. No episódio do Getsêmani (cf 26, 38.40-41), Jesus pede aos discípulos que vigiem com ele.
Vigilância nesse caso, é solidarizar-se com Jesus, que está para ser morto por uma sociedade baseada na mentira e na injustiça. Isso pode iluminar o trecho em questão. Jesus, não está à procura de inquisidores, nem declarou aberta a temporada de caça às bruxas; ele quer pessoas que, apesar de não saberem quando o Senhor virá, solidarizam-se com os que clamam por sua vinda, projetando luzes novas sobre a escuridão que invade nossa sociedade. Os que assim agem, colhem desde já as sementes da eternidade que se encontram no momento presente.