Jesus cura os que Nele crêem

Reflexão litúrgica: sexta-feira, 03/12/2021
1ª Semana do Advento e Memória de São Francisco Xavier

 

Na Liturgia desta sexta-feira, 1ª Semana do Advento, na 1a Leitura (Is 29,17-24), vemos que os poderosos e auto-suficientes se julgam absolutos e tentam ocupar o lugar de Deus, procurando dirigir o curso dos acontecimentos. Todavia, somente Deus é o Senhor da história: ele a dirige no sentido de dar liberdade e vida, desfazendo os planos dos poderosos e restabelecendo a justiça e o direito para os pobres.

No Evangelho (Mt 9,27-31), vemos que na cura de dois cegos aparece Jesus como o iluminador. Com o milagre, confirma a fé em seu messianismo: “Filho de Davi”. Os olhos dos dois estavam apagados, porém as almas estavam cheias de luz. O pequeno diálogo serve para medir-lhes a fé. A severa ordem final quer impedir o fatal mal-entendido de ver em Jesus apenas um curandeiro, um fazedor de coisas espantosas, mal-entendido que poderia dar origem ao abuso egoístico, à curiosidade frívola e mundana: coisas muito diferentes da fé.

De certa forma, nós também somos cegos e para sermos curados, devemos reconhecer Jesus e almejar a luz. Devemos ter a humildade de pôr-se na estrada e suplicar ao Senhor que passa. Ele não entra em nós contra nossa vontade: espera que lhe abramos o coração, que demos um lugar à sua misteriosa presença. Os fariseus que pensavam ter os olhos abertos são proclamados cegos por Jesus, devido à sua autossuficiência.

Para dar vista aos cegos, Jesus faz passar sua força de cura por meio de um sinal externo. É claro que não é isso que os salva, porém, sua fé no Senhor. Assim, a vida divina é comunicada e cresce mediante a fé e os sacramentos. Qual é nosso apreço concreto para com esses sinais do encontro com Cristo Salvador?

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

 


Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, atualmente é professor do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá.