Martírio de São João Batista

 

Como cristãos, precisamos entender que assumir uma voz profética não é sinônimo de iniciar uma caminhada que conduz as glórias terrenas, mas sim um caminho de provações que direciona ao Céu.

Tendo em vista isso, hoje quero comentar sobre o Martírio de São Batista, pois hoje a Igreja nos convida a contemplar esse acontecimento que na ótica humana pode ser encarada como loucura, mas pela ótica da fé, uma entrega e uma honra.

Através da Sagradas Escrituras, sabemos que São João Batista foi o grande profeta que precedeu a vinda do Emanuel, o Deus conosco. Por isso, lembramos de sua santidade, de sua austeridade e missão. João Batista foi caracterizado pelo próprio Jesus como o último e o maior de todos os profetas: “em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João Batista… De fato, todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João.” (Mt 11, 11-14)

João era filho de Zacarias e Isabel, ele era primo de Jesus Cristo, a quem precedeu seguindo uma vida austera e por isso, tornando-se representante e exemplo de vida religiosa. Sua austeridade era consequência de sua total aderência ao Reino de Deus que se aproximava.

João Batista, com sua voz poderosa e repleta de autoridade, anunciava o advento do Cristo e por saber que o Reino estava se aproximando, denunciava os erros, os vícios e as injustiças da sociedade daquele tempo.

São João batista deseja que todos estivessem preparados para receber o Ungido, o legitimo Rei de Israel. E assim, com sua voz profética cobrava dos mais simples aos mais poderosos que voltassem os olhares e os corações em direção ao Deus que se revelaria.

Com sua voz profética não se calou ao ver o erro de Herodes governador da galileia, que havia raptado Herodíades, sua cunhada, e a tinha tomado como esposa.

Por esta denúncia, Herodíades adquiriu uma profunda raiva para com ele, e pediu à sua filha Salome que dançasse e agradasse o rei, e assim foi feito. Ao terminar a apresentação Herodes perguntou a ela o que desejava receber em troca que ele a presentearia, e ela, seguindo o conselho da mãe, pediu a cabeça de João Batista num prato (Mc 6,20).

Então o profeta foi preso por Herodes de Antipas em Maqueronte, na margem oriental do mar morto. Em seguida enfrentou o martírio.

Com esse testemunho de João Batista, entendemos claramente que anunciar e que assumir a causa do Reino de Deus não é um privilégio terreno, ao contrário, há riscos. Mas o fiel encara os riscos e está disposto a ir até as últimas consequências por amor a Jesus. portanto, aprendamos com João Batista, a sermos fieis à Verdade que professamos.

São João Batista, rogai por nós!

 


Eduardo Correia Nassar, é graduado em Filosofia, atua como Ministro Auxiliar da Sagrada Eucaristia e Catequista na Paróquia Nossa Senhora do Rosário,  em Rosário do Ivaí PR.