A missionariedade é elemento constitutivo da Igreja desde o seu surgimento. Portanto, se fazemos parte dela, precisamos ser missionários. Mas afinal, o que é ser missionário?
Ser missionário é seguir o projeto de Jesus para a sua Igreja. Foi Ele quem disse “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”(Mc 16:15) Foi seguindo essa ordem de Jesus que os primeiros cristãos saíram pelo mundo enfrentando todos os riscos para anunciar com amor a fé que defendiam. Com o tempo todos souberam o que era o evangelho. Na Idade Média o cristianismo se tornou a religião oficial do Estado. Deste modo, todos eram cristãos. Depois, com o descobrimento das Américas, os padres Jesuítas se empenharam na catequização dos povos originários da América do Sul. Com a Globalização todos tiveram a oportunidade de ao menos ouvir falar a respeito de Jesus e de seu Reino. Sendo assim, qual a função do missionário nos dias de hoje?
O mundo, nos dias de hoje, precisa que os missionários não apenas preguem o evangelho, mas que mostrem ao mundo como é importante viver a pratica do amor que Jesus nos ensinou há dois mil anos. E mais ainda, é preciso que o missionário esteja a par das misérias do mundo moderno, para mostrar que Jesus pode resgatar o pecador sem humilhação, sem julgamento, mas com amor.
O missionário, nos dias de hoje, precisa compreender que vivemos em uma sociedade marcada pelo egoísmo e pela busca de prazeres efêmeros, e que diante dessa realidade a imagem de Jesus se ofusca. Levando isso em consideração, percebemos que o mundo moderno oferece novos desafios para os missionários.
Papa Francisco fala a respeito da Igreja em saída, Igreja que vai às periferias existenciais buscando a reestruturação da dignidade humana, dignidade que pode ser perdida diante dos problemas modernos. Mas para sermos capazes de chegar ao outro, precisamos estar abertos, leves e alegres.
Sabendo da importância dessa abertura, leveza e alegria, a Igreja particular de Guarapuava, criou a Missão Diocesana Juvenil (MDJ), que tem como proposta unir os jovens engajados em suas paroquias e confiar a eles a missão de levar Jesus de um jeito jovem às comunidades em que acontece a MDJ.
O jovem missionário consegue entender muito bem o mundo em que vive. Ele tem facilidade para se relacionar com os jovens da comunidade que os acolhe, mostrando-os que é possível ser santo sem deixar de ser jovem, como disse São João Paulo II.
A MDJ, além de proporcionar à comunidade acolhedora a oportunidade de vivenciar, agitar e provocar a missionariedade, que por vezes pode ficar um pouco adormecida, faz com que o jovem missionário entenda que ele tem importância para a vida da Igreja e que se os mais velhos representam a sabedoria, a juventude representa a força, e que ambos se completam.
Ser missionário é seguir os passos de Jesus e anunciar a Boa Nova, que por mais que já tenha sido repetida inumeráveis vezes nos púlpitos das igrejas, continua sendo uma novidade.
Portanto, que o Espirito Santo desperte em todos os cristãos a espiritualidade missionária, de modo especial no coração dos jovens da diocese de Guarapuava, fazendo que com empenho eles se dediquem na vivência da missionariedade em suas casas, escolas, universidades e trabalhos, ou seja, que em todos os ambientes onde estiverem, sejam sal e luz para o mundo e que preguem o evangelho com suas vidas.
Eduardo Correia Nassar, é graduado em Filosofia, atua como Ministro Auxiliar da Sagrada Eucaristia e Catequista na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí PR.