Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora Sede de Sabedoria e todos os títulos de Nossa Senhora, rogai por nós!

Reflexão litúrgica: Terça-feira, 12/12/2023, 2ª Semana do Advento,
Festa de Nossa Senhora de Guadalupe,
Padroeira Principal da América Latina

 Na Liturgia desta terça-feira a Igreja celebra a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira Principal da América Latina. Segundo a tradição, a imagem da Virgem de Guadalupe apareceu impressa no manto do índio Juan Diego, em 1531, na cidade do México. Seu culto propagou-se rapidamente e muito contribuiu para a difusão da fé entre os indígenas. Após a construção sucessiva de três templos ao pé do mesmo monte, edificou-se o atual, concluído em 1709 e elevado à categoria de Basílica por São Pio X em 1904. A 12 de outubro de 1895 houve a coroação pontifícia da imagem concedida por Leão XIII. Em 1910 São Pio X proclamou-a Padroeira da América Latina.

Os Bispos do continente, reunidos em Puebla, em 1979, disseram: “Desde as origens, por sua aparição e seu apelo de Guadalupe, a Virgem Maria, com sua face materna e misericordiosa, nos aproximou do Pai e de Cristo, mas também, de todos aqueles que ela convida a entrarem em comunhão com o Pai e Cristo. Ela é a voz que incentiva a união entre os homens e os povos”. O santuário de Guadalupe é para o México o que é Lourdes para a França, Pilar para a Espanha, Fátima para Portugal e Aparecida para o Brasil.

Na 1a Leitura (Gl 4,4-7), o Apóstolo Paulo nos lembra que, com a chegada de Jesus Cristo, a humanidade atingiu a maioridade, mas adverte que cada pessoa deve tomar cuidado para não retornar à menoridade, isto é, à condição de escravo. Com a chegada de Cristo, a escravidão termina, a maior idade é atingida e o direito de filhos e herdeiros se realiza. Com isso, o Espírito do Filho Jesus clama em nós, com a linguagem carinhosa de criança: “Abba! Pai!” (Rm 8, 15).

No Evangelho (Lc 1,39-47), vemos que Maria é proclamada feliz e bendita porque soube ouvir a voz de Deus e cumprir sua vontade. Maria enxerga o que o ‘outro’ precisa, é solidária, faz de sua visita um dom de proximidade e ternura. “Foi às pressas” para se colocar à serviço e “permaneceu” o tempo necessário para edificação do Projeto de Deus.

Enfim, Maria é a habitação viva de Deus no meio dos seres humanos, é a portadora da presença divina que salva. Maria levou Jesus em seu seio, nós devemos levá-lo em nosso coração. Com Maria, chegaremos até Belém.

Peçamos a graça de Deus e a presença do Espírito Santo em nossa vida:

“Ó Senhor, ternura e paz, por meio de Jesus, viestes encontrar o mais profundo de nossa humanidade. Dai-nos a graça de aceitar a parte pobre de nós mesmos e de acolher os irmãos com suas contradições e fragilidades, para que possamos viver em nós mesmos e na relação com as pessoas a expectativa de um novo parto de salvação e testemunhar ao mundo que Ele já está bem perto. Por Cristo, nosso Senhor. Amém”.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.


Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.