Evangelho Mt 14,22-36

A Palavra de Deus de hoje nos quer deixar claro que as leis e normas são necessárias para a organização da sociedade. No Antigo Testamento, essas normas eram seguidas à risca. Com certa rigidez.  Esse texto sagrado apresenta o primeiro confronto de Jesus com os grupos de Jerusalém; neste caso, os fariseus e escribas.

Podemos dizer que a fama de Jesus como pregador já chegou à cidade Sagrada, Jerusalém. O ponto principal de toda a discussão que estava causando polêmica é a tradição dos antigos, transformadas em lei. Deus vê o que sai do nosso coração, as boas ações que realizamos, o pão que partilhamos, o tempo que gastamos para escutar, acolher um irmão que está precisando de nós.

O nosso comprometimento com as causas sociais como efetivação de políticas públicas. Lembro aqui o que disse numa ocasião, Dom Helder Câmara: ‘’Quando dou pão aos pobres, me chamam de caridoso, quando questiono a causa da pobreza, me chamam de comunista’’.  O nosso Deus é do essencial, não das coisas periféricas, que não leva a uma mudança, a uma transformação. Meu irmão, minha irmã, não adianta viver de aparência, o que agrada a Deus é a intenção que trazemos no coração.  

O nosso desejo é de sermos pessoas melhores, pessoas que edificam. ‘’O que torna alguém impuro não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca, isso que o torna impuro’’. Jesus não se impressiona com a indignação, dos Escribas, o seu propósito é ser fiel ao Pai. Tranquiliza seus discípulos dizendo que ‘’são cegos guiando cegos’’. Essa cegueira de espírito não deixará que eles entendam a presença do Messias, como enviado do Pai.

Tudo começa com a mudança do nosso coração. Precisamos ter cuidado com as nossas palavras e ações. Somos feitos para a felicidade. Peçamos a Deus a graça da fé, da liberdade, que saia de nossa boca palavras que edifiquem a vida de nossos irmãos, pois fomos chamados e amados para promover o bem que se fundamenta na rocha da fé. Deixemos que a Palavra de Deus ilumine a nossa vida.