Queridos peregrinos, chegamos ao final do tempo do Advento. Neste domingo, encerramos nossa peregrinação nesse tempo de preparação para o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Agora, é tempo de abrirmos o nosso coração para acolhermos a graça que o Senhor nos comunica na celebração desse mistério. O Senhor não falha na sua promessa. Em Jesus, Deus realiza todas as esperanças humanas.
Na Liturgia deste domingo, contemplamos a realização do projeto de salvação que Deus na sua infinita bondade e misericórdia de Pai elaborou com muita sutileza e sofisticação para todos os seus filhos e filhas. A Leitura do Segundo Livro de Samuel (cf. 2Sm 7, 1-5.8b-12.14a.16), narra a promessa de fidelidade que o Senhor fez a Davi. Deus nunca abandonará o seu povo. Da descendência de Davi, nascerá o Messias que levará a termo a obra do Senhor, conduzindo a humanidade à felicidade e à realização. No Evangelho (cf. Lc 1,26-38), vemos o cumprimento dessa promessa. O nome Jesus, em hebraico עושי, isto é, Yeshua, significa “Deus salva”. Ele é o enviando do Senhor para libertar o seu povo e conduzi-lo à vida em Plenitude. Trata-se de um verdadeiro mistério no qual Deus assume a nossa humanidade, redime toda a obra da criação e congrega todos os povos numa só família. (cf. Rm 16, 25-27)
Jesus Cristo é a presença mais bela, forte e plena de Deus em nosso meio. Ao celebrarmos o mistério do Natal, devemos abrir o nosso coração para acolhermos a graça que Deus nos oferece em Jesus. Jesus Cristo é o horizonte de sentido pelo qual o nosso coração tanto anseia e do qual a humanidade tanto carece. É preciso percebermos a ação do Senhor na nossa vida e acolhermos a vida nova que Ele tem para nós. Ele nos visita e revela-se a cada um de nós das mais variadas formas e nas diversas circunstâncias da nossa vida. Como Maria, precisamos deixar o Senhor entrar em nossa vida e realizar em nós a sua obra. O sim generoso de Maria deve ser nossa inspiração ao final deste tempo do Advento. Maria é a expressão da fidelidade a Deus. Para participarmos da felicidade e da alegria do Senhor, precisamos correspondê-lo com a mesma fidelidade com que Ele age em nosso favor.